Estado do Rio de Janeiro

Com novos prazos, CPI das Embarcações busca soluções para evitar acidentes no litoral do Rio de Janeiro

Com novos prazos, CPI das Embarcações busca soluções para evitar acidentes no litoral do Rio de Janeiro

Prorrogada por mais 60 dias pela Alerj, CPI das Embarcações busca soluções para evitar acidentes no litoral do Rio de Janeiro | Reprodução Alerj/Julia Passos

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu prorrogar a CPI das Embarcações por mais 60 dias. O Requerimento 60/24, aprovado em discussão única na última terça-feira (22), marca um momento crucial na investigação que busca soluções para o abandono de embarcações no litoral fluminense. Com um histórico recente de acidentes graves, a CPI se torna uma resposta necessária para prevenir novas tragédias.

O abandono de embarcações tem gerado preocupações não apenas sobre o meio ambiente, mas também sobre a segurança das pessoas que transitam pelas áreas costeiras. O acidente ocorrido em novembro de 2022, quando um navio colidiu com a famosa Ponte Rio-Niterói, ressalta a urgência de um olhar mais atento para essa questão. A falta de regulamentação e fiscalização efetiva contribui para um cenário em que a insegurança se torna uma constante.

Os membros da CPI reconhecem a complexidade do tema. Em sua justificativa, afirmam que a prorrogação permitirá uma análise mais aprofundada e a coleta de dados de várias entidades envolvidas. Essa diversidade de opiniões e informações é crucial para elaborar um relatório que não apenas exponha os problemas, mas também proponha soluções eficazes.

Um futuro incerto

Com a nova prorrogação, a CPI das Embarcações se prepara para um intenso período de trabalho. A expectativa é que, ao final dos 60 dias adicionais, a comissão consiga apresentar um diagnóstico claro da situação atual e, quem sabe, iniciar um diálogo mais efetivo com o governo para implementar mudanças significativas. O futuro das embarcações no litoral fluminense e a segurança dos cidadãos dependem do sucesso dessa investigação.

A CPI e seu contexto

Com novos prazos, CPI das Embarcações busca soluções para evitar acidentes no litoral do Rio de Janeiro

Foto: Tânia Rêgo – Agência Brasil

Instalada em junho de 2023, a CPI tinha inicialmente um prazo que se encerraria em 25 de outubro. A relevância do tema, porém, justificou sua prorrogação. O grupo, presidido pela deputada Tia Ju (REP) e com a colaboração de outros membros como Val Ceasa (PRD), Lucinha (PSD) e Rafael Nobre (União), visa reunir informações e ouvir representantes de diversos órgãos para fundamentar seu relatório final.

O Folha do Leste já havia publicado matéria sobre a CPI. Na ocasião, a relatora deputada estadual Lucinha, questionou a Rogério Geraldo Rocco, superintendente do Ibama no estado, se tinha o conhecimento do risco ambiental oferecido por 45 embarcações abandonadas na Baía de Guanabara, bem como se o órgão ambiental exerceu seu poder de fiscalização sobre elas.

Ao ouvir a resposta negativa do superintendente para ambas as indagações, Lucinha afirmou que isto denota ineficácia no trabalho realizado pelo instituto.

“Quanto menos fiscalizações houver, melhor é para grandes empresas que poluem as águas do Rio de Janeiro. Há ineficiência, incapacidade e falta de gestão. Por que não fiscalizam, multam ou notificam? No meu entendimento, é uma negligência grave, já que fiscalizar embarcações é atribuição do Ibama, conforme decisão da ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal)”, frisou na época a parlamentar.

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