A Primeira Turma do STF se reúne nesta nesta terça-feira (18) para decidir se aceita ou não a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os acusados de planejar o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em 2018.
Acusados no banco dos réus
Trata-se, sobretudo, de um julgamento histórico, dada a expectativa pelo andamento do caso. A denúncia apresentada pela PGR em maio aponta os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, o delegado Rivaldo Barbosa e o ex-policial Ronald Paulo de Alves como mandantes e executores do crime. Todos alegam inocência.
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Motivação
A PGR sustenta que o crime teve motivação pela atuação política de Marielle, que combatia milícias e defendia minorias. A investigação aponta que os irmãos Brazão, em posição de poder, teriam encomendado o assassinato para silenciá-la e barrar projetos de lei que ameaçavam seus interesses.
Rito do julgamento
O relator, ministro Alexandre de Moraes, vai ler o relatório do caso, seguido pelas sustentações orais da PGR e das defesas. Cada parte terá 15 minutos para apresentar seus argumentos. Em seguida, os ministros votarão, acolhendo ou rejeitando a denúncia.
Consequências
A aceitação da denúncia significa o início da ação penal contra os acusados. Dessa forma, haveria o aprofundamento das investigações e o julgamento do mérito, condenando ou absolvendo os eventuais réus. A rejeição, por outro lado, representaria um revés na busca por justiça para Marielle e Anderson, podendo resultar na soltura dos presos.
Detalhes do julgamento
- Data: Terça-feira, 18 de junho de 2024
- Horário: 14h30
- Local: Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)
- Acusados:
- Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ
- João Francisco “Chiquinho” Brazão, deputado federal e ex-vereador do Rio de Janeiro
- Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio
- Ronald Paulo de Alves, policial militar (“Major Ronald”)
- Robson Calixto Fonseca (“Peixe”), ex-assessor de Domingos Brazão
- Acusação:
- Homicídio de Marielle Franco e Anderson Gomes
- Crime encomendado por motivação política
- Obstrução de justiça
- Elementos chave:
- Delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, confesso executor do crime
- Provas e indícios que apontam a participação dos acusados
- Testemunhas e depoimentos
- Ordem de votação
- Alexandre de Moraes, presidente da Turma e relator do processo;
- Flávio Dino;
- Cristiano Zanin;
- Luiz Fux;
- Cármen Lúcia.