Carlinhos de Jesus participa de workshop sobre empreendedorismo artístico em Niterói | Divulgação
Acontece, nesta quarta (30) e quinta-feira (31) o workshop de empreendedorismo, “Minha Arte, Meu Negócio” no Teatro Popular Oscar Niemeyer. O evento vai abordar todas as etapas do showbusiness, desde burocracias até gestão estratégica e marketing.
Um dos principais nomes que irá participar do evento se trata de Carlinhos de Jesus, referência internacional em dança de salão e samba. Jurado da “Dança dos Famosos”, na TV Globo, ele também é um ativo defensor das raízes culturais brasileiras, preservando e celebrando a diversidade artística.
Carlinhos de Jesus nos concedeu entrevista exclusiva, falando sobre a conciliação da arte e do empreendedorismo.
ENTREVISTA
ALESSANDRA FERREIRO: Você sempre quis ser artista/ dançarino ou foi uma paixão que ultrapassou qualquer outra profissão que quisesse seguir? Como tudo começou?
Carlinhos de Jesus
Cresci querendo ser médico, faço vestibular para direito, me formo em pedagogia e acabo dançando… Este é o resumo da minha vida, a paixão pela dança ultrapassou qualquer profissão. Quando percebi que poderia viver dela com dignidade optei por segui-la.
Tudo começou, nos anos 80, dançando socialmente, fui convidado por uma grande coreografa para participar de um evento e nunca mais parei.
AF: Dos inúmeros prêmios/ medalhas e estandartes de ouro que recebeu qual foi o mais marcante e por quê?
Carlinhos de Jesus
Todos os prêmios são importantes, não é uma Escolha de Sofia!
São 07 estandartes de ouro, 05 Tamborins de Ouro, Títulos, Moções,
Condecorações, Honra ao Mérito Cultural Brasileiro – MEC, mas o que me traz no muita emoção e perplexidade (jamais imaginei me ver representando a Dança de Salão numa Academia de Cultura) foi ser eleito Membro da Academia Brasileira de Cultura (ABC), ocupo a cadeira 47, esta honraria representa a junção de todos os prêmios acima citados.
AF: Em relação às palestras do “Minha Arte, Meu Negócio”, o que lhe motivou a falar sobre esses temas?
Carlinhos de Jesus
Vivo e respiro a arte a 42 anos, é o meu negócio, dele tiro o sustento, minha dignidade, meu bem estar e hoje auxilio aos artistas independentes como eu.
AF: Existe algum momento em que a arte deixa de ser um prazer e vira uma obrigação?
Carlinhos de Jesus
Não! A ARTE é sempre um prazer.
AF: Com tanto conhecimento que você acumula, como você se sente compartilhando isso?
Grato a tudo e a todos com quem convivi, responsáveis por me tornar uma referencia, a ser quem sou e hoje poder compartilhar meus conhecimentos. Este é o ciclo da vida.
AF: Você é um colecionador de notas 10. O que falta para o Brasil ser nota 10 em empreendedorismo artístico?
Faltam maior investimento na Arte e Cultura, valorização e respeito a todos os profissionais que lidam com o entretenimento e principalmente a sociedade acreditar na ARTE BRASILEIRA.
AF: O que poderíamos dizer às pessoas para convencê-las de que a capacitação, como vai acontecer nos dias 30 e 31, é necessária para o seu melhor desenvolvimento?
As pessoas precisam entender que sem estudo, planejamento e estratégia não será possível lograr êxito. Elas precisam acreditar que a sua arte é o seu negócio, precisam aprender administrá-lo. Não é só talento que faz o profissional!
