
Candidato do PL fica em saia justa durante debate ao ser questionado sobre emendas para Niterói | Reprodução
Os candidatos à Prefeitura de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Carlos Jordy (PL) e Rodrigo Neves (PDT), se enfrentaram em debate promovido pelo g1 nesta segunda-feira (21).
Na ocasião, Jordy disse que enviou muitas emendas para Niterói, citando como beneficiárias instituições do terceiro setor. O candidato citou ainda, como emendas parlamentares para Niterói, o envio de recursos para o 12º Batalhão de Polícia Militar – para compra de veículos e drones – e à Polícia Rodoviária Federal, destinados à base da Ponte Rio-Niterói.
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Contudo, o candidato do PL caiu em contradição quando, em outro momento, disse que não destinou emendas a Niterói por falta de diálogo de Rodrigo com o seu mandato.
“Agora, eu não sou nenhum irresponsável, Rodrigo, de colocar emendas parlamentares na sua mão. Tudo o que você coloca a mão se transforma em corrupção. Tudo que você coloca a mão se envolve com Ministério Público, com a Justiça, Polícia Federal. Então como que eu vou colocar recursos na sua mão se eu sei que toda vez há algum escândalo de corrupção?”, indaga Jordy.
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Rebatendo, Rodrigo acusou Jordy de fazer uso de acusações e notícias falsas, desde o início da campanha. E que o adversário não fala nunca o que já fez por Niterói.
“Dos 112 milhões que o senhor teve de emendas, destinou menos de 2% para Niterói. O senhor é um deputado que não fez nada por Niterói e agora quer ser prefeito da cidade. Você fica falando de corrupção? E a visita da Polícia Federal à sua casa? Os escândalos de corrupção da sua família?”, provocou Rodrigo.
Ainda em posição de ataque, o pedetista acusou Jordy de envolvimento com o “maior escândalo de corrupção da história do Rio de Janeiro”, em referência “Escândalo do Ceperj”. Rodrigo Neves afirmou que há várias pessoas ligadas a Jordy envolvidas, inclusive sua esposa, Laís Sant’Anna.
Relembre o “Escândalo da Ceperj”
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e da folha de pagamento do Ceperj revelam que 663 ex-colaboradores da fundação atuaram ou ainda atuam para 217 candidatos de 26 partidos nas atuais eleições.
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A fundação, que tem vínculos com o governo do Rio, está sendo investigada pelo Ministério Público estadual por suspeitas de pagamentos em dinheiro vivo a indivíduos que supostamente atuariam como cabos eleitorais do governador Claudio Castro (PL).