A onda de calor e o tempo seco no Rio de Janeiro, que persiste pelos próximos quatro dias, exige atenção especial com a saúde da população, especialmente crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas. A situação atual também agrava a qualidade do ar, prejudicada pelas queimadas que ocorrem em várias regiões do Brasil.
Manter o corpo hidratado é fundamental diante das condições climáticas atuais, conforme destaca a doutora Elaine Dias JK, metabologista e doutora em endocrinologia pela USP.
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Ela explica que, com o calor e o clima seco, a recomendação diária de ingestão de água, que varia de 2 a 3 litros, deve ser aumentada para evitar a desidratação. A eliminação de líquidos pelo suor e pela respiração mais acelerada em altitudes elevadas aumenta a necessidade de regulação hídrica.
Ela ainda ressalta que a quantidade ideal de água varia de acordo com a idade, peso, sexo e nível de atividade física.
“Uma fórmula simples para calcular a ingestão de água é de 30 a 40 ml por quilo de peso corporal. No calor intenso, essa quantidade deve ser ajustada para garantir a hidratação adequada”, reforça um especialista.
O calor continuará no Rio de Janeiro até o próximo domingo (15), quando uma frente fria deve derrubar as temperaturas. Até lá, os fluminenses enfrentarão dias de muito calor, com as tarifas podendo marcar até 39°C.
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Segundo o Climatempo, nesta quinta-feira (12), o sol deverá brilhar sem nuvens durante todo o dia, e à noite o tempo permanecerá aberto, sem previsão de chuva. As temperaturas variam entre 19°C e 40°C.
Na sexta-feira (13), o clima continuará estável, com céu claro e temperaturas oscilando entre 20°C e 38°C. No sábado (14), haverá uma queda de nível, com máxima de 34°C e mínima de 23°C, mas ainda sem previsão de chuva.
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O domingo marcará a chegada de uma frente fria, com máxima de 25°C e mínima de 22°C. O céu ficará nublado durante o dia, com possibilidade de garoa à noite.
O calor extremo e o tempo seco podem causar desidratação, uma condição que pode variar de acordo com o nível de gravidade. Os sinais mais comuns incluem sede excessiva, boca seca, redução na produção de urina, urina escura, cansaço, tonturas e lesões cardíacas aceleradas. Em casos leves, a reidratação pode ser feita em casa.
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A doutora Elaine orienta que o consumo de líquidos deve ser feito em pequenos goles, de preferência água ou soluções de reidratação oral, para evitar a hiponatremia. Além disso, bebidas com cafeína ou álcool devem ser evitadas, pois podem piorar o quadro de desidratação.
Ingerir alimentos ricos em água, como frutas e vegetais, e garantir em afrescos locais também são medidas importantes. No entanto, em casos mais graves, quando os sintomas persistem ou estão associados à confusão mental, dificuldade para respirar ou lesões cardíacas irregulares, é necessário procurar atendimento médico imediatamente.
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Além dos problemas de saúde diretamente ligados ao calor, as altas temperaturas e o tempo seco também afetam a qualidade do ar. O aumento das queimadas em diversas regiões do Brasil tem contribuído para piorar as condições atmosféricas no Rio de Janeiro, elevando os níveis de poluição. A baixa qualidade do ar pode agravar doenças respiratórias e comprometer ainda mais o bem-estar da população, especialmente de grupos vulneráveis.