Alvo de crueldade: cadela é atingida por flecha em Niterói | Reprodução
Cadela atingida por flecha em Niterói gerou revolta e mobilizou moradores. O ataque aconteceu em Pendotiba, bairro arborizado da cidade, onde a convivência entre humanos e animais sempre foi pacífica — até agora.
Andrea dos Santos Alves, moradora local, notou o sofrimento da cadela Pretinha ao ouvi-la uivar de dor. Só depois viu a cena brutal: uma flecha cravada nas costas da vira-lata que ela acolhera dois meses antes.
“Ela chegou em casa gritando de dor, e percebi que havia uma flecha cravada. Eu mesma retirei o objeto e, em seguida, procurei um veterinário, que ajudou nos cuidados”, relatou.
Ferida na carne, ferida na alma
O caso da cadela atingida por flecha em Niterói foi registrado na 79ª DP (Jurujuba), que já investiga o crime. Agentes recolheram imagens de câmeras de segurança da região e analisam pistas que levem ao responsável. A polícia pede que testemunhas colaborem com informações.
Enquanto isso, Pretinha se recupera. A imagem dela com curativos, divulgada na manhã da sexta-feira 13, simboliza uma data já cercada de más energias — agora, com uma vítima de carne, osso e pelos.
Maus-tratos: crime com pena de prisão
Atos de violência contra cães e gatos configuram crime, segundo a Lei Federal nº 9.605/98. Desde 2020, a pena aumentou: de dois a cinco anos de prisão, além de multa.
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A lei endureceu após uma onda de denúncias, mas crimes como esse ainda acontecem — em silêncio, na covardia, na sombra.
Justiça para Pretinha
Pretinha escapou da morte. Mas o trauma vai além da ferida física. Quem atira uma flecha em um ser indefeso sabe o que faz — e merece pagar por isso. O caso reforça a urgência de se fiscalizar, denunciar e punir. Justiça precisa deixar de ser promessa para virar resposta.
