As buscas por um jovem, de aproximadamente 20 anos, desaparecido no mar da praia de Piratininga, em Niterói, prosseguem ao longo desta quarta-feira (15). O rapaz teria se afogado, por volta de 14:40 desta terça-feira (14), na altura da Rua 12.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, os trabalhos para localizar o jovem estão acontecendo de forma intensificada. Enquanto equipes do Grupamento Marítimo de Itaipu atuam por terra, à pé, bem como no mar com botes e Jet Ski, há, ainda, a varredura aérea com auxílio de helicóptero do Grupamento da Lagoa (Rio de Janeiro).
Mãe teria pedido para vítima não ir à praia
Segundo informações apuradas por esta coluna, o jovem teria ignorado uma recomendação de sua mãe para não ir à praia. Tanto ele como a família moram em São Gonçalo. Foi à Piratininga, acompanhado de mais dois amigos. Os três teriam se afogado. Os salva-vidas viriam a resgatar dois deles. No entanto, acabou que a vítima desaparecida não teve a mesma sorte.
O mar estava agitado e com ondas. Havia sinalização de bandeira vermelha no local. Por muitas vezes, salva-vidas tiveram de entrar no mar e interceder em situações de risco de afogamento de outras pessoas.
Desse modo, já quando os Bombeiros realizavam as buscas aéreas, o pai da vítima até então desaparecida chegou ao local. Desolado, desesperado, em prantos. Banhistas que estavam no local tentavam lhe dar conforto e apoio. Em vão. Em seu íntimo, a profunda dor de ter que lidar com o sentimento de perda e também de esperança, por mais remota.
Pai e mãe, neste caso, em seu pensamento, sofrem através do pronome reflexivo “se”. “E se tivesse nos ouvido e não ido à praia”… “E se tivesse respeitado a bandeira vermelha”… Somente esses pais possuem esse direito. Mais ninguém.
Portanto, não julguem. Pois não foi somente esse jovem que entrou no mar ontem, ao passo que, noutros dias, há outras pessoas que, mesmo com bandeira vermelha, entram e saem do mar. Ou terminam socorridas por salva-vidas.