Situação de uma das vias em Vila Progresso – Foto: Enviada pelo leitor FOLHA DO LESTE
Se os moradores do Engenho do Mato precisam passar por um “rali” para chegar a suas casas, devido aos buracos, quem vive nos bairros de Muriqui e Vila Progresso tem que passar por verdadeiras pistas “off-road“. De acordo com moradores da Região, a reivindicação por pavimentação e drenagem já dura mais de um século.
Gabriel Pereira é um dos moradores da localidade. Ao FOLHA DO LESTE, ele relatou as dificuldades para transitar pela Estradas do Muriqui Pequeno e do Muriqui Grande. Segundo o morador, essas vias estão em péssimo estado.
“Estamos abandonados à sorte, com uma estrada que só se degrada com o passar do tempo. Um IPTU altíssimo, que não é voltado para nossa região. Muitas das vezes nós moradores que precisamos custear do próprio bolso material para ser colocado na estrada para minimizar os buracos e lamas e podermos trafegar”, disse.
Dias de chuva são ainda mais delicados – Foto: Enviada pelo leitor FOLHA DO LESTE
Ainda segundo Pereira, moradores da região pedem por melhores condições nas vias há 136 anos, quando as primeiras famílias começaram a ocupar a localidade. Ele relatou que, nos últimos anos, houve reuniões com as Secretarias Municipais de Obras e Infraestrutura e de Conservação e Serviços Públicos, mas sem uma solução definitiva.
“Tivemos uma reunião com o secretário de obras Vicente Temperini. Ele assumiu um compromisso com os moradores de que as obras de implantação definitiva de drenagem, pavimentação, adequação e contenção entrariam no orçamento de 2024. Foi entregue uma carta ao prefeito e precisamos dessa confirmação que há recursos previstos para a implantação da obra definitiva”, frisou.
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Todavia, após a promessa, que gerou esperança aos moradores, os contatos cessaram. Assim sendo, nenhuma posição foi encaminhada no sentido de informar se a obra, de fato, seria realizada. Gabriel Pereira teme que o ano que vem seja mais um em que a população de Vila Progresso tenha de colocar o pé na lama, literalmente, para chegar em casa.
“O secretário chegou a apresentar um projeto básico das obras e estava entrando em contato regulamente com o nosso grupo para atualizar sobre o andamento dos trâmites, sendo que de um tempo pra cá não conseguimos mais contato com os responsáveis. Já fomos à secretaria, tentamos por diversos meios saber a que pé anda esse projeto, mas não conseguimos nenhuma informação”, lamentou.
Procurada pelo FOLHA DO LESTE, a Secretaria de Obras e Infraestrutura informou que o bairro faz parte de uma área de preservação ambiental. Foi preparado um anteprojeto para contratação de projeto de urbanização ecologicamente correto, pois será preciso aprovar no INEA antes de executar.
O projeto foi incluído na pré-LOA, e só poderá haver andamento caso seja aprovada.
