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Brasileira desaparecida na Indonésia: pai enfrenta bloqueio aéreo para acompanhar resgate

Brasileira desaparecida na Indonésia: pai enfrenta bloqueio aéreo para acompanhar resgate | Reprodução

O drama da família da brasileira Juliana Marins, que está desaparecida desde sábado (21) após cair em uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, ganhou um novo capítulo. O pai da jovem, Manoel Marins Filho, enfrenta dificuldades para chegar ao país por conta do bloqueio do espaço aéreo no Catar, reflexo dos recentes ataques do Irã a uma base dos EUA em Doha.

“Estamos no aeroporto de Lisboa e soubemos que o espaço aéreo do Catar e Doha foi fechado. Nosso voo obrigatoriamente passa por Doha. Não sei se será possível viajar ainda hoje”, disse Manoel em um vídeo publicado nas redes sociais.

O bloqueio ocorreu após os Estados Unidos bombardearem três instalações nucleares do Irã, em resposta aos ataques que começaram no dia 13. As explosões vistas em Doha levaram ao fechamento temporário do espaço aéreo na região.

Apesar da incerteza, o pai mantém a esperança.

“Continuamos confiando em Deus e que ele dará uma solução pra tudo, inclusive pra nossa viagem, porque preciso estar lá para acompanhar o resgate”, afirmou emocionado.

Governo brasileiro acompanha o caso

Manoel também agradeceu o apoio da embaixada do Brasil em Jacarta e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Obrigado a todos que estão se mobilizando, ao governo brasileiro e às pessoas que estão nos ajudando”, destacou.

Nos comentários de uma publicação do presidente nas redes, ele reforçou:

“Agradeço ao senhor, ao Ministério das Relações Exteriores e à embaixada na Indonésia pelos esforços. Espero voltar com minha filha viva.”

Situação no local é crítica

Juliana, que fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro, passando por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia, segue presa em um desfiladeiro no Monte Rinjani.

De acordo com informações do perfil oficial da família, @resgatejulianamarins, as condições climáticas são extremamente desafiadoras. As buscas foram novamente interrompidas nesta segunda-feira (23) por conta do mau tempo e pela falta de operação noturna.

“Eles avançaram apenas 250 metros no desfiladeiro. Faltam entre 350 e 400 metros para alcançar Juliana. O resgate precisou recuar mais uma vez. Precisamos de ajuda urgente!”, alerta a família.

Alpinistas experientes entram na missão

Na manhã desta segunda-feira, dois alpinistas experientes se integraram à equipe de resgate. Eles levaram equipamentos especializados para tentar acessar a região onde Juliana está.

“Não temos confirmação se conseguirão seguir durante a noite, mas há reforço com equipamentos específicos”, informou a família nas redes.

O local do acidente fica na Ilha de Lombok, na Província de Sonda Ocidental, onde o fuso horário é 11 horas à frente de Brasília. As buscas devem ser retomadas assim que as condições climáticas permitirem.

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