O Brasil alcançou sua melhor participação na história dos Jogos Paralímpicos, que se encerraram neste domingo, em Paris. Com 25 medalhas de ouro, 26 de prata e 38 de bronze, o país finalizou a competição no top 5 do quadro de medalhas, um feito inédito desde a primeira participação brasileira em 1972, na cidade de Heidelberg, Alemanha.
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Este resultado marca a evolução da delegação brasileira, que se destacou não apenas pelo número de conquistas, mas também pela superação diária enfrentada pelos atletas. No dia 7 de setembro, o Brasil alcançou um recorde de 16 medalhas em um único dia, tornando a data ainda mais especial.
Desde a unificação das sedes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, ocorrida em Seul, em 1988, a participação do Brasil tem crescido continuamente. As conquistas deste ano reforçam a dedicação e o talento dos atletas paralímpicos, que enfrentam desafios tanto nos campos de competição quanto no dia a dia.
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Apesar das conquistas, a cobertura midiática ainda parece tímida quando comparada aos Jogos Olímpicos. A atenção aos atletas paralímpicos não tem a mesma magnitude, refletindo uma sociedade que ainda vê esses atletas principalmente como exemplos de superação, relegando suas vitórias a um papel secundário.
Além das vitórias nas arenas, os atletas paralímpicos continuam enfrentando barreiras cotidianas. Calçadas esburacadas, transporte público inacessível e o tratamento inadequado são obstáculos frequentes. Mesmo com a visibilidade crescente nas competições, muitos campeões, como Gabrielzinho, Jerusa e Beth Gomes, podem passar despercebidos pela população em seu dia a dia.
A expectativa é que o desempenho extraordinário do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 sirva de impulso não apenas para o esporte, mas para uma transformação na forma como a sociedade encara as pessoas com deficiência.