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Botafogo dá aula de futebol e vence PSG com autoridade de campeão do Brasil e da América

Atual campeão Sul-Americano, o Botafogo conquistou nesta quinta-feira (19) sua segunda vitória na Copa do Mundo de Clubes, em Los Angeles, nos Estados Unidos, ao vencer o Paris Saint-Germain — atual campeão europeu — pelo placar de 1×0. O atacante Igor Jesus abriu o placar aos 34 minutos do primeiro tempo. A vitória, considerada surpreendente para boa parte dos idólatras do futebol europeu, veio acompanhada de uma aula de aplicação tática, tal qual impôs respeito ao futebol brasileiro. Em resumo, calou a soberba que circunda o futebol europeu.

Alex Telles sentiu desconforto e deixou o campo aplaudido pela torcida | Vitor Silva/Botafogo

Alex Telles jogou muito, mas sentiu desconforto e deixou o campo aplaudido pela torcida | Vitor Silva/Botafogo

O time está no Grupo B da competição, considerado o mais difícil da competição. Até então, em duas rodadas, o Botafogo venceu dois jogos. e mantém 100% de aproveitamento. Contra o atual campeão da Europa, o Glorioso se comportou como o campeão do Brasil, da América e — por que não — da história. Para se classificar, o Botafogo depende apenas de um empate com o Atlético de Madrid, cuja partida acontece no dia 23.

Histórico é o futebol brasileiro, não o resultado

Rose Bowl, estádio onde o Brasil conquistou o tetracampeonato mundial | Vitor Silva

Rose Bowl, estádio onde o Brasil conquistou o tetracampeonato mundial | Vitor Silva

O palco do confronto — o estádio Rose Bowl — testemunhou mais um grande feito do futebol brasileiro. Em 19 de julho de 1994, a seleção brasileira conquistou seu quarto título mundial contra a Itália. Então, por esse e outros motivos, me recuso a chamar esse resultado de histórico, porque o Botafogo sempre pertenceu à história. O hino já dizia: “foste herói em cada jogo”. E hoje, mais uma vez, foi: herói, glorioso, divino…

Allan teve atuação impecável e de grande aplicação tática | Vitor Silva

Allan teve atuação impecável e de grande aplicação tática | Vitor Silva/Botafogo

A inspiração veio da terra e do céu. Na arquibancada, a torcida. No gramado, a raça. E na eternidade, os imortais: Zagallo, Didi, Garrincha, Nilton Santos, Amarildo. Cada toque na bola foi uma invocação. A Cada desarme, uma memória. Além disso, cada drible, uma reverência.

Torcida não deixou de empurrar o time a todo instante do jogo | Vitor Silva

Torcida não deixou de empurrar o time a todo instante do jogo | Vitor Silva

Sobre o tal favoritismo europeu, que muitos chamam de superioridade? Para mim, isso não passa de balela. Agora, vejo esse discurso repetido por parte da crônica esportiva sabe-se lá por qual razão cair por terra a cada jogo jogado com verdade, entrega e alma. O Botafogo levou isso ao campo, assim como os demais clubes brasileiros.

Botafogo, o melhor do mundo

Se a regra ainda fosse como antes — campeão da América versus campeão da Europa, estaríamos dizendo que o Botafogo conquistou o campeonato mundial. Mas isso seque importa. Pois o que vale é o símbolo. A mensagem. A lição.

Pra que descrever o jogo lance a lance? Não foi uma vitória de detalhes, mas de ideias. A mentalidade, somada a coletividade e aplicação tática, consagrou o jogo coletivo sobre o individualismo. Impôs nosso orgulho ao mesmo tempo que rechaçou o complexo de vira-lata. A entrega dos jogadores e a proposta de jogo de Renato Paiva venceram a opulência e ostentação financeira de quem sequer disse a que veio no jogo.

Afinal, o que interessa ao futebol brasileiro a Champions League? Desde quando ela consagra o melhor do mundo? Se o mundo é maior do que a Europa, então o melhor pode vir de qualquer lugar. E hoje veio do Brasil. Do Rio. De General Severiano.

Não é todo dia que se enfrenta um europeu. Mas esse já foi o 20º confronto do Botafogo contra times da França. Com a vitória de hoje, a conta ficou assim:

  • 14 vitórias do Botafogo
  • 3 empates
  •  3 derrotas

Afinal, o que mais precisamos provar?

Nem mesmo a arbitragem conseguiu atrapalhar. Mesmo com o juiz invertendo escanteios, ignorando faltas e até mesmo errando laterais. Ele me deu o direito — como bom botafoguense — de pensar que tudo isso não se tratava de incompetência, mas de má-fé para manter o PSG vivo. Só faltou inventar pênalti, porém ficaria feio diante do VAR. Ainda assim, o Botafogo venceu: com autoridade, dignidade e grandeza.

O jogo de hoje deixa uma lição para todos nós: o futebol brasileiro não deve se curvar a ninguém. Hoje, o Botafogo reafirmou isso, através dos heróis do presente, sobretudo em honra a memória dos mitos de outrora. A bola, diante da glória alvinegra, rendeu-se ao clube que, de verdade, faz parte da história do futebol mundial. O placar final, 1×0, tem o tamanho de uma goleada, pois traduz não só a vitória dos botafoguenses. Juntamente com ela, está também o orgulho de ser brasileiro.

Coluna Tecnologia e Inovação, no portal de notícias Folha do Leste, com Enzo Carvalho

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