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Advogado executado no Rio: Força-Tarefa realiza operação para cumprir mandados nesta quarta-feira

Força-Tarefa realiza operação para cumprir 19 mandados nesta quarta-feira contra envolvidos no crime que tirou a vida do advogado Rodrigo Marinho Crespo, executado em frente ao seu escritório no Rio em fevereiro de 2024 | Reprodução

Força-Tarefa realiza operação para cumprir 19 mandados nesta quarta-feira contra envolvidos no crime que tirou a vida do advogado Rodrigo Marinho Crespo, executado em frente ao seu escritório no Rio em fevereiro de 2024 | Reprodução

A caça aos assassinos do advogado Rodrigo Marinho Crespo, executado em fevereiro do ano passado em frente ao seu escritório, no Rio de Janeiro,  avança com firmeza. A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram nesta quarta-feira (2) uma operação para cumprir 19 mandados de busca e apreensão relacionados ao caso.

Sete alvos supostamente liderados pelo ex-PM Rafael do Nascimento Dutra, vulgo “Sem Alma” estão na mira dos agentes que já estão nas ruas. Sobretudo, três PMs que atuariam como matadores de aluguel.

Vale destacar que o ex-policial desalmado possui cinco mandados de prisão em seu desfavor. Eles decorrem, principalmente, do envolvimento do vulgo “Sem Alma” na máfia do cigarro.

A execução, meticulosamente planejada, aconteceu na tarde de 26 de fevereiro de 2024, no Centro do Rio, em plena luz do dia, a 50 metros da Ordem dos Advogados do Brasil.  Não se trata de exagero reafirmar que o caso chocou a sociedade.

Indiciados vão a julgamento em breve

Três suspeitos já estão presos e vão enfrentar a Justiça no tribunal do júri. O PM Leandro Machado da Silva teria fornecido os carros utilizados no assassinato. Cezar Daniel Mondego de Souza, ex-ocupante de cargo em comissão por indicação política, teve como responsabilidade vigiar a vítima,  ao passo que Eduardo Sobreira Moraes dirigia o carro no monitoramento. Os indiciamento do trio ocorreu em 24 de abril de 2024, pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

As investigações revelam que o bando agiu de forma coordenada para garantir o sucesso da execução. Eles monitoraram cada passo de Rodrigo por semanas, se encontraram antes e depois do crime, e um deles chegou a fornecer o veículo usado no ataque. Em outras palavras, a grosso modo, Não se tratou de um crime comum mas de uma caçada ousada.

Outro envolvido, Ryan Patrick Barboza, o “Motinha”, teve participação confirmada na perseguição. Todavia, ele já estava preso por outro homicídio relacionado ao jogo do bicho, mostrando o vínculo de suas entranhas com submundo do crime.

Advogado executado em plena luz do dia

A tarde de 26 de fevereiro de 2024 jamais cairá no esquecimento, em memória de Rodrigo Marinho Crespo. Advogado bem conceituado, saiu de seu escritório na Avenida Marechal Câmara para sua rotina habitual. Poucos metros após a porta, a morte o esperava.

Vestindo preto e encapuzado, o atirador saltou de um carro branco. “Rodrigo!”, chamou. A vítima olhou e, impotente, morreu atingido por 18 tiros, enquanto seu primo, testemunha do horror, buscou proteção atrás de um táxi.

O assassino portava uma pistola 9mm e fugiu rapidamente, às 17h14. O crime aconteceu a 50 metros da sede da OAB.

A fuga filmada

Créditos: Reprodução

Felizmente, câmeras de segurança viária registraram o percurso da fuga: o carro branco utilizado na execução desceu a Avenida Marechal Câmara, passou pela Defensoria Pública e o Ministério Público, seguiu pela Rua Santa Luzia, depois pela Avenida General Justo até alcançar o Aterro do Flamengo. Dali, os criminosos tinham opção de escapar para a Zona Sul ou, talvez, voltar à Zona Norte pelo Túnel Prefeito Marcello Alencar, próximo ao Aeroporto Santos Dumont. Um plano meticuloso, mas não perfeito.

Para fazer Justiça

Com as novas diligências, a polícia busca elucidar o envolvimento de outros personagens no crime. Desde o início do inquérito, o nome do bicheiro Adilsinho surge em meio às investigações. A estratégia agora é desmembrar o inquérito, responsabilizando cada envolvido em sua medida.

Os mandantes, executores e cúmplices podem ter pensado que ficariam impunes. Mas a Justiça está no encalço de cada um. E para aqueles que ainda acreditam na impunidade, uma certeza: a verdade sempre alcança os culpados.

 

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