A sede do Flamengo, na Gávea, Zona Sul do Rio, se despede nesta tarde de quinta-feira (16) de um dos seus mais ilustres filhos: Washington Rodrigues, o lendário Apolinho. O corpo do icônico radialista, falecido aos 87 anos na noite da última quarta-feira, vítima de câncer, está sendo velado no Salão Nobre do clube do seu coração.
O sepultamento de Apolinho, um dos maiores nomes do jornalismo esportivo nacional, está marcado para às 16h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
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A voz marcante de Apolinho ecoou pelos estádios brasileiros por décadas, relatando grandes momentos do futebol nacional. Sua paixão pelo Flamengo apesar de notória, jamais o impediu de manter a imparcialidade em seus comentários. Assim, ele conquistou o respeito e a admiração de todas as torcidas.
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Em 1995, ano do centenário do Flamengo, Apolinho assumiu o comando técnico do clube. Na época, Kleber Leite, ex-colega de rádio e presidente do rubro-negro, o convidou para a missão. Comandou o time em 26 jogos, com 11 vitórias, 8 empates e 7 derrotas. Em suma, um aproveitamento de 52%. Deixou o cargo no final de 1995, mas retornou em 1998 como dirigente.
Apolinho deixa um legado de amor ao esporte, profissionalismo exemplar e uma conduta ética ímpar.
Flamengo lamenta morte
“O Clube de Regatas do Flamengo lamenta profundamente o falecimento de um dos maiores comunicadores do esporte nacional. Washington Rodrigues, o Apolinho, nos deixou nesta quarta-feira (15) aos 87 anos, vítima de um câncer. Em décadas de carreira, moldou a forma como vivemos o futebol. Criou expressões inesquecíveis – é impossível lembrar do Gol do Pet em 2001 sem lembrar do aviso que “acaba de chegar São Judas Tadeu” na voz de Apolinho.
Washington Rodrigues foi treinador do Mais Querido no ano de nosso centenário e, ainda assim, era admirado e adorado pelas torcidas dos nossos rivais por seu carisma, sua imparcialidade e sua paixão. Na ocasião, Apolinho foi vice-campeão da Supercopa da Libertadores. Três anos depois, retornou ao clube para exercer o cargo de diretor técnico. Washington costumava se referir ao episódio como uma “convocação”. Alguns meses depois, o comunicador voltou de forma definitiva aos microfones na Super Rádio Tupi, onde permaneceu trabalhando até o seu falecimento.
Ele nos deixou em uma noite em que o Flamengo venceu com “chocolate” (4 a 0 sobre o Bolívar) – expressão inventada por ele para definir as goleadas.
Muito obrigado por tanto, Apolinho! Descanse em paz!