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Projeto de Lei que proíbe celulares em salas de aula avança no Senado

Projeto de Lei proíbe celulares em salas de aula

Projeto de Lei proíbe celulares em salas de aula avança no Senado

O debate sobre a utilização de celulares em ambientes escolares ganha contornos decisivos na política brasileira. Recentemente, o deputado Rafael Brito, presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, anunciou que um projeto de lei para proibir o uso de celulares em salas de aula se tornou uma prioridade para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Essa proposta, já aprovada na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, avança em direção à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, se tudo correr bem, poderá ser votada ainda este ano, antes do recesso parlamentar.

Após uma votação simbólica, o projeto segue agora sem a necessidade de ser discutido em plenário, o que aumenta suas chances de aprovação rápida. Brito se mostrou otimista, afirmando que a iniciativa conta com um amplo apoio no Congresso e deve ser aprovada sem grandes oposições.

“Esse projeto já está no nosso documento de prioridades para a educação”, destacou.

Em um cenário em que a educação enfrenta múltiplos desafios, essa proposta surge como uma tentativa de promover um ambiente escolar mais focado e menos suscetível às distrações tecnológicas.

“As escolas precisam de um espaço de aprendizado sem interrupções desnecessárias”, acrescentou Brito.

A retirada do MEC

A situação se complicou quando, no final de setembro, o Ministério da Educação (MEC) revelou que estava elaborando sua própria proposta sobre o mesmo tema. Contudo, com a tramitação avançada do projeto no Congresso, o MEC decidiu recuar, evitando assim um possível embate com os parlamentares. Brito enfatizou que essa decisão foi uma escolha do ministério e que o Congresso atuou de forma independente.

“O MEC certamente percebeu o que estávamos propondo e decidiu não seguir com seu texto. O Congresso não é um mero cartório para homologar as decisões do governo”, argumentou.

Essa afirmação ressoa em um cenário onde a autonomia legislativa é constantemente debatida.

Implicações para o ensino

O projeto de lei 104/2015 estipula que o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos será proibido em salas de aula, incluindo para alunos da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental. Para esses estudantes, a restrição se estende a outros espaços da escola, como os intervalos.

Ao ser questionado sobre os possíveis impactos negativos dessa proibição no desenvolvimento tecnológico de crianças e adolescentes, Brito se mostrou confiante.

“Os professores poderão autorizar o uso de celulares para fins pedagógicos. O que não podemos permitir é que os alunos se distraiam com redes sociais ou conversas que desviem sua atenção do aprendizado”, esclareceu.

A proposta ainda permite o uso de dispositivos para alunos com deficiência ou necessidades especiais, assegurando que o processo educacional permaneça acessível e inclusivo.

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