A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro medicamento injetável contra o HIV no Brasil, o cabotegravir. Considerada a mais recente inovação para prevenção do HIV, a profilaxia pré-exposição (PrEP) possui uma função de prevenção contra eventuais infecções pelo vírus causador da Aids. A autorização para uso do medicamento no Brasil foi dada à farmacêutica britânica GSK e o registro do novo remédio foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) em junho deste ano.
Entretanto, ainda não há uma data para o início da comercialização no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou o uso do cabotegravir para prevenção contra o vírus HIV em 2022. Além disso, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Unitaid, uma agência global de saúde ligada à OMS, anunciaram um estudo de implantação do remédio no Brasil, para avaliar a viabilidade de implementação no Sistema Único de Saúde (SUS).
Atualmente, a prevenção da infecção pelo HIV no Brasil é feita com a PrEP oral, uma combinação de dois remédios disponibilizados gratuitamente pelo SUS. Já o cabotegravir se destaca por ser injetável e de ação prolongada, o que garante uma melhor adesão ao tratamento e à comodidade de tomar um remédio que faça efeito a médio e longo prazo, com duas primeiras doses aplicadas com quatro semanas de intervalo, seguidas de uma injeção a cada oito semanas.
O novo remédio apresenta uma eficácia 69% maior em comparação com os comprimidos orais diários, mostrando-se “seguro e altamente eficaz” em dois testes clínicos com mulheres, homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres trans que fazem sexo com homens. Os estudos foram feitos, inclusive, no Brasil – em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Com a aprovação do cabotegravir, o Brasil avança no combate ao HIV, garantindo mais uma opção de prevenção contra a Aids.