Funcionária do PCS Lab Saleme se entrega para Polícia Civil

Funcionária do PCS Lab Saleme se entrega para Polícia Civil | Fernando Frazão/Agência Brasil

Jacqueline Iris Bacellar de Assis, que atuou como auxiliar administrativa no PCS Lab Saleme, foi entregue à Polícia Civil na tarde desta terça-feira (15). A funcionária chegou à Cidade da Polícia, localizada na Zona Norte do Rio, acompanhada de seus advogados. Ela não fez declarações à imprensa durante sua chegada.

As investigações indicam que um dos laudos do laboratório foi assinado por Jacqueline. Além disso, ela utilizou o registro profissional de biomedicina de outra pessoa. O laudo identificou que um paciente não tinha HIV, mas

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Um auxiliar foi um dos alvos da Operação Verum, realizada pela Polícia Civil na segunda-feira (14). Entretanto, como ele não foi localizado, passou a ser considerado foragido. O técnico do laboratório, Cleber de Oliveira Santos, também permanece foragido.

Durante a operação, foram detidos Walter Vieira, um dos sócios do PCS Lab Saleme, e Ivanilson Fernandes dos Santos, responsável técnico do laboratório. Com a prisão de Jacqueline, o total de detidos chega a três pessoas. Elas responderão por crimes como falsidade ideológica, falsificação de documento e infração sanitária.

Felipe Curi, secretário do Estado de Polícia Civil, declarou que as investigações iniciais apontam falhas operacionais no controle de qualidade dos testes de diagnóstico do HIV. Segundo ele, o laboratório visa maximizar os lucros, o que comprometeu a segurança dos testes realizados.

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André Neves, diretor do Departamento-Geral de Polícia Especializada, explicou que os reagentes dos testes eram aplicados diariamente, mas a fiscalização foi reduzida para uma vez por semana. Isso gerou um aumento significativo nos riscos associados aos procedimentos realizados pelo laboratório.

Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, comentou sobre os erros nos laudos de HIV relacionados aos transplantes. Ele expressou solidariedade às vítimas do caso sem precedentes.

“Soube do fechamento do laboratório e determinei que procurassem as pessoas para realizar contraprovas”, afirmou.

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O Hemorio está encarregado de todas as contraprovas possíveis. Castro também anunciou a rescisão de contratos entre o governo e o laboratório PCS Lab Saleme.

“Já estão suspensas cautelarmente e estamos a preparar uma rescisão”, acrescentou.

Questionado sobre o envolvimento do deputado federal Dr. Luizinho, que tem parentes como sócios do laboratório, o governador garantiu que não houve interferência nas contratações.

“As apurações mostram que o protocolo de análise foi alterado, resultando em riscos maiores”, concluiu.