Estado do Rio de Janeiro

Fiocruz amplia projetos de saúde em favelas fluminenses

Fiocruz amplia projetos de saúde em favelas fluminenses

Fiocruz amplia projetos de saúde em favelas fluminenses | Reprodução/Fiocruz/Instagram

A Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) deu início a 56 novos projetos de saúde integral. De antemão, eles devem seguir em desenvolvimento em parceria com diversas instituições da sociedade civil. Primordialmente, a iniciativa promete transformar a saúde pública nas favelas do Estado do Rio de Janeiro.

Nesse sentido, este marco significativo representa a primeira chamada pública do país com foco exclusivo na saúde em comunidades vulneráveis. Acima de tudo, visando ampliar o alcance e o impacto das ações de saúde. Inicialmente com um aporte inicial de R$ 4,5 milhões em 2021, o programa apoiou 41 projetos em seis cidades.

Agora, com um investimento ampliado para R$ 22,2 milhões, o número de projetos aumentou para 146. Em contrapartida, beneficiará, aproximadamente, 385 mil pessoas em 33 cidades do estado.

Expansão do Projeto

Nesta sexta-feira (2/8), no Museu da Vida em Manguinhos, 150 lideranças comunitárias se reuniram para marcar o início dos novos projetos. O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, recepcionou as lideranças, destacando a importância do diálogo contínuo entre a Fiocruz e as comunidades.

Assim sendo, durante o evento, representantes das organizações sociais receberam orientações detalhadas sobre os cronogramas e processos de execução. Eles também participaram de painéis com instituições parceiras.

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Mario Moreira ressaltou:

“A expansão do projeto, com o aumento no número de iniciativas e da sua abrangência geográfica, potencializa o impacto das ações de saúde junto às populações mais vulneráveis no estado do Rio de Janeiro. O diálogo estreito da Fiocruz com os territórios é fundamental para a sustentabilidade dessas ações e para a construção de um sistema de saúde com participação social.”

Investimento e impacto

Com a execução das novas ações, serão repassados R$ 5,6 milhões para as propostas de saúde integral nas favelas.

Este montante visa apoiar iniciativas variadas. Por exemplo, treinamento profissional em saúde e saúde mental. Igualmente, para o desenvolvimento da agroecologia, comunicação e informação focada em arte e cultura. O mesmo se aplica a produção de diagnósticos sociais das políticas e serviços de saúde nas favelas.

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Importante destacar que 55% das propostas foram elaboradas por organizações sociais que ainda não haviam participado do primeiro edital do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro em 2021.

Cobertura geográfica ampliada

O alcance do Plano Integrado de Saúde nas Favelas se expandiu significativamente. Inicialmente abrangendo 18 municípios, como Niterói, São Gonçalo, e Rio de Janeiro, agora o programa inclui 33 municípios, com novas adições como Itaboraí, Tanguá, Rio Bonito, e outras. Esta ampliação permite uma atuação mais abrangente e descentralizada, crucial para alcançar as áreas mais necessitadas do estado.

Projetos por município

Dos 56 novos projetos, a distribuição é a seguinte: 15 serão implementados em favelas de Niterói, 8 em São Gonçalo, 7 em Duque de Caxias, 5 em Mesquita, e 4 em Itaguaí e Belford Roxo. No Rio de Janeiro, as favelas da Zona Norte receberão 25 iniciativas, seguidas por 15 na Zona Oeste, 9 na Zona Sul e 5 na região central.

Parcerias e Avaliação

Richarlls Martins, coordenador-executivo do Plano Integrado de Saúde nas Favelas RJ – Fiocruz/UFRJ/Uerj/PUC-Rio/Abrasco/SBPC/Alerj, destacou a importância das parcerias criadas desde o início do plano:

“A entrada das novas instituições fortalecerá ainda mais a descentralização das ações. Com a ampliação desta rede sociotécnica, poderemos produzir uma avaliação substanciada desse impacto. A ampliação da participação da sociedade civil na saúde nas favelas deve ser pensada no planejamento de políticas públicas com foco na redução das desigualdades na saúde e em outras áreas.”

Perspectivas Futuras

Além da incorporação dos novos projetos, houve uma estratégia específica para a elaboração de um Plano Integrado de Saúde na favela da Rocinha.

Este projeto visa mapear ações de vigilância popular em saúde. De igual forma, produzir um documento que subsidie ações coordenadas entre a gestão pública e a sociedade civil.

Em 2025, o plano prevê a formação continuada de profissionais de saúde que atuam em favelas, bem como a construção de um plano de comunicação. Além disso,  a informação em saúde e a produção de diagnósticos e avaliações das estratégias realizadas.

Resultados

Desde seu início, o Plano Integrado de Saúde nas Favelas impactou aproximadamente 385 mil pessoas em 18 cidades. Principalmente, com foco em segurança alimentar, saúde mental, comunicação em saúde, educação popular e geração de renda.

O programa distribuiu 525 toneladas de alimentos e contribuiu para o funcionamento de sete cozinhas comunitárias. Projetos como o Jovens Comunicadores, que atua nas favelas de Niterói e São Gonçalo, exemplificam o sucesso na comunicação popular em saúde.

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