Na madrugada desta quinta-feira (1º), as ruas de Paris testemunharam um feito histórico para o atletismo brasileiro. Caio Bonfim, aos 33 anos, conquistou a medalha de prata na marcha atlética de 20 km, a primeira da história para o Brasil nessa modalidade.
Ao longo de um percurso desafiador, Bonfim mostrou determinação e técnica, destacando-se entre os líderes da prova. Em vários momentos, o brasileiro assumiu a dianteira, conduzindo o pelotão com autoridade e resiliência. A tensão foi constante, especialmente na reta final, onde Bonfim, com duas punições, manteve a disputa pelo ouro viva até os últimos metros.
O equatoriano Brian Daniel Pintado cruzou a linha de chegada em primeiro lugar, com um tempo de 1h18m55s, apenas 14 segundos à frente de Bonfim, que registrou 1h19m09s. O espanhol Alvaro Martin completou o pódio com 1h19m11s.
A trajetória de Bonfim até a prata foi marcada por sua persistência e dedicação. Na Rio 2016, ele havia ficado em quarto lugar, um resultado que lhe serviu de motivação para os anos seguintes. Em Paris, sua performance não apenas garantiu uma medalha inédita para o Brasil, mas também consolidou sua posição entre os grandes nomes da marcha atlética mundial.
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Outros atletas brasileiros também participaram da prova. Max Batista terminou em 28º lugar, enquanto Matheus Corrêa ficou em 39º. Na competição feminina, Érica Sena foi a melhor brasileira, alcançando a 13ª colocação. Viviane Lyra e Gabriela Souza terminaram em 18º e 36º lugares, respectivamente.
Em suas palavras após a prova, Bonfim refletiu sobre a jornada até a conquista:
“Olimpíadas é diferente de tudo, né, cara? Tinha uma expectativa, mas você viu tanto que é forte o nível. E Deus proporcionou esse momento. A gente se entregou. Jogos olímpicos não são só essas 20 voltas aqui. É um trabalho, mas também o resultado, graças a Deus, valeu a pena”, declarou Caio.