O caos tomou conta das ruas de Caracas na noite de 28 de julho de 2024, quando o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) – claramente manipulado pelo ditador Nicolás Maduro – anunciou a sua controversa reeleição para um terceiro mandato.
O resultado, que atribuiu 51,2% dos votos a Maduro e 44,2% ao principal opositor Edmundo González, provocou uma onda de indignação e protestos em todo o país. Enquanto o regime celebra, a oposição denuncia uma fraude eleitoral descarada, alegando que González teria vencido com cerca de 70% dos votos.
Confrontos e Tensões
A tensão era palpável em Caracas, especialmente nas proximidades dos centros de votação. Grupos de apoiadores de Maduro, vestidos de vermelho e montados em motocicletas, confrontaram ferozmente os eleitores que desejavam assistir à contagem dos votos. O embate só cessou quando os motociclistas deixaram o local, mas o medo e a desconfiança permaneceram no ar.
A Fraude Alegada
María Corina Machado, figura central da oposição, impedida de concorrer pela justiça pró-Maduro, verbalizou a fraude para todo o planeta. Com documentos e atas dos centros de votação em mãos, ela prometeu continuar a luta pela verdade e pela justiça.
“Temos informação e temos as atas”, declarou Machado, incitando os venezuelanos a não se renderem diante da ditadura.
Golpe Maduro
O presidente do CNE, Elvis Amoroso, justificou o atraso na divulgação dos resultados alegando um ataque cibernético ao sistema eleitoral, qualificado por ele como uma “agressão contra o sistema de transmissão de dados”. Maduro, em seu discurso de vitória, ecoou essa narrativa, sugerindo que seus opositores usariam o incidente como desculpa para contestar sua reeleição.
Só olhou e mais nada…
Celso Amorim, assessor de Lula para assuntos internacionais, estava em Caracas durante o pleito e fez uma declaração cautelosa sobre a tranquilidade da votação, sem mencionar a crescente evidência de irregularidades. O Brasil, até o momento, não se manifestou oficialmente, mas a pressão internacional está aumentando para que haja uma resposta firme.
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Continuísmo autoritário
A reeleição de Maduro consiste em mais um capítulo sombrio na história recente da Venezuela, um país mergulhado em crises humanitárias, econômicas e políticas. Desde que assumiu o poder após a morte de Hugo Chávez em 2013, Maduro tem consolidado um regime cada vez mais autoritário, sufocando a democracia e os direitos humanos.
Nicolás Maduro, nascido em 1962, é filho de Nicolás Maduro García e Teresa de Jesus Moros. Ex-motorista de ônibus e sindicalista, ele ascendeu ao poder pelas mãos de Chávez e desde então se firmou como um implacável líder autocrático. Seu novo mandato, que vai de janeiro de 2025 a janeiro de 2031, promete mais repressão e menos liberdade para os venezuelanos.
Entre a luta e a realidade
Em contrapartida, Edmundo González e a oposição prometem não desistir. Entretanto, a luta pela verdade, pela justiça e pela liberdade na Venezuela está longe de acabar.
Enquanto isso, o mundo assiste, atento e preocupado, ao desenrolar dos próximos capítulos desta nação tão sofrida. Sobretudo, pela opressão, miséria e fome a que a população está submetida, com um êxodo de mais de 7 milhões de venezuelanos. Infelizmente, com esse resultado, o ame-o ou deixe-o deve apenas aumentar no país.
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