
Foto: Vicente Dattoli – Folha do Leste
A partir desta quarta-feira, e todas as quartas-feiras até o início dos Jogos Olímpicos de Paris, 2024, a Folha do Leste irá publicar um informativo sobre a Olimpíada. E, para iniciar nossa trajetória, temos como convidado um dos chamados heróis olímpicos. Ele conseguiu nada menos do que 107 vitórias consecutivas, ficando sem perder por exatos nove anos, nove meses e nove dias. No total, foram 122 primeiros lugares e vários títulos importantes.
Esse supercampeão é Edwin Moses, quatro vezes batendo o recorde mundial dos 400m com barreiras; duas medalhas de ouro olímpicas (Montreal, 76; Los Angeles, 84 – lembrando que os Estados Unidos boicotaram Moscou, em 1980); duas vezes campeão mundial; três vezes campeão da Copa do Mundo de atletismo… E uma característica inovadora para seus tempos: ele dava exatas 13 passadas entre uma barreira e outra, enquanto seus adversários precisavam de 14.
Moses está lançando um filme autobiográfico cujo título é exatamente este: “Moses, 13 passos”. “Quando estávamos no período de produção, pensei em algo bem simples”, afirmou Moses, que participou, nesta semana, do Congresso da Associação de Imprensa Esportiva Internacional, na Espanha, quando falou com a Folha do Leste. Apesar do assédio (jornalistas também seus ídolos), respondeu à Folha sobre Alison dos Santos, o Piu, nosso atleta na prova que o consagrou.
Em fevereiro do ano passado Piu precisou operar uma grande lesão no menisco lateral do joelho direito, sofrendo do que chamam “alça de balde”.
“Foi uma contusão séria. Esperamos que volte a ser o mesmo Alison de sempre, mas ele precisará manter um rígido controle em sua recuperação e treinamentos, sem precipitações ou expectativas antecipadas”, disse Moses, sem querer ser pessimista. Alison, medalhista nos Jogos de Tóquio 2021, era uma das maiores esperanças do Brasil para uma medalha em Paris, no atletismo.
# Nada preocupa mais as autoridades francesas do que a segurança. A ideia de fazer a cerimônia de abertura no Rio Sena ainda não foi descartada, mas já existem planos B e C – que não são divulgados. O presidente Macron não divulga sua agenda durante os Jogos. Sabe-se que estará presente em um jantar no dia 22 de julho (antes da abertura dos Jogos), mas apenas quem estiver credenciado poderá passar pelo cinturão de segurança que será feito.
# Depois de duas medalhas de ouro consecutivas no torneio masculino de futebol, o Brasil ficará de fora dos Jogos de Paris. Realizou uma campanha melancólica no pré-olímpico sul-americano. A decepção, porém, não é apenas nossa, não. A Coreia do Sul, que já participou de nove Olimpíadas (foi bronze, inclusive, em 2012, em Londres), foi eliminada do torneio asiático depois de perder para a Indonésia, nos pênaltis (11 a 10) – foi a primeira vez na história que os sul-coreanos foram derrotados em jogos oficiais (nos pênaltis, ok, mas eles consideram derrota). As três vagas da Ásia serão definidas até sexta-feira.