O Brasil ultrapassou a marca de 4 milhões de casos de dengue em 2024, segundo atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde nesta segunda-feira (29). Nos quatro primeiros meses do ano, foram notificados 4.127.571 casos prováveis da doença em todo o país.
O número representa um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 1.393.219 casos. A situação é ainda mais grave se considerarmos o total de mortes por dengue: 1.937 confirmadas até o momento, com 2.345 casos ainda em investigação.
A faixa etária mais afetada pela dengue é a de 20 a 29 anos, que concentra a maior parte dos casos. Já a faixa etária menos atingida é a de crianças menores de 1 ano. Assim, seguida por pessoas com 80 anos ou mais e por crianças de 1 a 4 anos.
As unidades da Federação com maior incidência da doença são Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina.
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Sendo assim, projeções divulgadas no início do ano apontam que os casos de dengue no país podem chegar a 4.225.885. Na busca por combater a doença, o Ministério da Saúde e o governo de Minas Gerais inauguraram nesta segunda-feira (29), em Belo Horizonte, a Biofábrica Wolbachia.
Dessa forma, a unidade, administrada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vai permitir ao Brasil ampliar sua capacidade de produção de uma das principais tecnologias no combate à dengue e outras arboviroses.
A Wolbachia é uma bactéria presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente naturalmente no Aedes aegypti. Enfim, o método Wolbachia consiste em inserir a bactéria em ovos do mosquito em laboratório e criar Aedes aegypti que portam o microrganismo. Infectados pela Wolbachia, eles não são capazes de carregar os vírus que causam dengue, zika, chikungunya ou febre amarela.