O aumento de casos de dengue no estado do Rio de Janeiro vem preocupando as autoridades, especialmente a poucos meses da chegada do verão, um período propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti e do vírus que causa a doença.
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Até o momento, já foram registrados 39.369 casos em todo o estado, um aumento considerável em relação aos 9.926 casos do mesmo período em 2022.
Situação epidêmica em alguns municípios
Na semana encerrada em 14 de outubro, cinco municípios do estado – Angra dos Reis, Resende, Nova Iguaçu, São Pedro da Aldeia e Rio das Ostras – foram classificados como epidêmicos pela análise do InfoDengue, sistema de alerta para arboviroses desenvolvido por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Altas taxas de incidência em regiões específicas
Quando observamos os números gerais de 2023, constatamos que as regiões noroeste e sul do estado apresentam as maiores taxas de incidência de dengue.
Os municípios de Natividade e Varre e Sai, ambos no noroeste do estado, possuem taxas de 4.861 e 2.881 casos por 100 mil habitantes, respectivamente.
Já em Paraty, no sul do estado, foram registrados 2.417 casos por 100 mil habitantes.
Ações de Combate e Monitoramento
A Secretaria de Estado de Saúde tem monitorado a situação de perto e está discutindo as melhores estratégias de combate à doença em todo o Rio de Janeiro.
Reuniões com os municípios já estão programadas para discutir os planos de contingência e resposta em caso de epidemia.
Além disso, uma nova rodada de capacitação dos profissionais de saúde está sendo planejada, com foco no diagnóstico correto da doença e sorotipo, a fim de evitar complicações.
Preocupação com novo sorotipo e números na capital
A Secretaria de Estado de Saúde ressalta que, até o momento, não foram registrados casos do sorotipo 3 no Rio de Janeiro.
No entanto, o alerta foi ligado após o reaparecimento desse sorotipo em Roraima e Paraná neste ano. É importante destacar que esse sorotipo não causa epidemias no país há mais de 15 anos.
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Na capital fluminense, os números também são alarmantes. Até agora, foram registrados 18.120 casos de dengue, com uma taxa de 267 casos por 100 mil habitantes.
Esse é o maior valor anual desde 2016, que teve 25.856 casos. Quatro mortes relacionadas à doença foram confirmadas, sendo a zona oeste a região mais afetada, com 4.722 registros.
Participação ativa da população é fundamental
A prefeitura do Rio de Janeiro está tomando medidas para combater o mosquito transmissor da dengue, como intensificar as visitas domiciliares com agentes de saúde e de vigilância, e realizar campanhas nas escolas e comunidades.
No entanto, é essencial que a população também participe ativamente, tomando cuidados dentro de casa e no entorno, pois, de acordo com as estatísticas, em dois terços dos casos de dengue, há focos de mosquito nas residências ou nas proximidades.
Para solicitar vistorias, qualquer pessoa pode entrar em contato pelo telefone 1746.
Cuidados Recomendados
O Ministério da Saúde orienta que, ao surgirem os primeiros sintomas de dengue, a população procure o serviço de saúde mais próximo.
Além disso, é fundamental eliminar locais com água parada, pois é nesses lugares que o mosquito transmissor deposita seus ovos.
Também é importante evitar o acúmulo de lixo, não armazenar pneus em áreas descobertas, não deixar água parada em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de plantas e garantir uma boa cobertura nos tonéis e caixas d’água.