Estado do Rio de Janeiro

CPI das Pirâmides: Deputados batem boca com consultor da GAS

CPI das Pirâmides: Deputados batem boca com consultor da GAS

Foto: Vinicius Loures – Câmara dos Deputados

No depoimento mais tenso desta quinta-feira (21), durante a CPI das Pirâmides Financeiras de Criptomoedas, houve um confronto entre os deputados e Thiago Farias de Araújo Souza, ex-cliente/consultor da GAS. Farias tentou persuadir a CPI com a tese de defesa do fundador da empresa, Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como o “Faraó dos Bitcoins”, de que a empresa não era uma pirâmide financeira e sim uma vítima da ação da Polícia Federal e do Judiciário. No entanto, Farias admitiu não ter nenhum contrato de trabalho com a GAS, seja como funcionário ou pessoa jurídica. Ele afirmou que se tornou cliente da empresa por indicação de um membro da Igreja Universal, que inclusive fez o primeiro investimento em seu nome no valor de R$ 10 mil.

Farias mencionou o argumento do desembargador William Douglas, o único que votou a favor da liberação de Glaidson Acácio da prisão em um julgamento no Tribunal Regional Federal da 2ª Região no início de 2021. Segundo Farias, os clientes prejudicados pela GAS receberão seus recursos quando o “Faraó” for solto. Ele pediu a liberação dos ativos da empresa e a retirada do mandato de prisão, argumentando que só assim a GAS poderá resolver a situação de seus clientes. Farias também ressaltou que a empresa nunca deixou de pagar seus clientes ao longo de seus nove anos de existência, prometendo um rendimento mensal de 10% aos investidores.

No entanto, os deputados apontaram que Glaidson Acácio se recusou a entregar à Justiça as senhas das carteiras de criptomoedas que não foram bloqueadas pelo Estado. Além disso, o valor bloqueado durante as investigações não cobre nem 10% dos prejuízos sofridos pelos clientes da GAS. O deputado Alfredo Gaspar destacou que o que foi apreendido não é suficiente para compensar as perdas das pessoas afetadas.

O deputado Caio Vianna também relatou uma suposta tentativa de intimidação realizada por pessoas que acompanhavam Thiago Farias na comissão. Vianna solicitou a presença da polícia legislativa e algumas pessoas acabaram deixando o local. Ele pediu escolta para retornar ao Rio de Janeiro, alegando preocupação com sua segurança.

Neste tenso depoimento, Thiago Farias de Araújo Souza apresentou a versão da defesa de Glaidson Acácio e tentou convencer a CPI de que a GAS não é uma pirâmide financeira. No entanto, as contradições apresentadas pelo próprio Farias, juntamente com as evidências sobre o bloqueio de ativos e os prejuízos dos clientes, colocam em dúvida a credibilidade de suas declarações. A CPI continua em busca de respostas sobre esse esquema e busca garantir a justiça para as vítimas das pirâmides financeiras de criptomoedas.

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