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Polícia Civil realiza operação contra envolvidos na morte do miliciano Marquinho Catiri

Polícia Civil realiza operação contra envolvidos na morte do miliciano Marquinho Catiri

Foto: Reprodução

Na manhã desta terça-feira (1), a Polícia Civil deu início a mais uma operação para desmantelar a organização responsável pela morte do miliciano Marco Antônio Figueredo Martins, conhecido como Marquinho Catiri, e de seu comparsa, Alexsandro José da Silva, também conhecido como Sandrinho. Os dois foram executados em novembro do ano passado, em Del Castilho, Zona Norte do Rio.

Segundo autoridades, o principal alvo da ação é Adilson Oliveira Coutinho Filho, também conhecido como Adilsinho, apontado como o mandante do crime. Adilsinho já era investigado por liderar uma quadrilha envolvida na comercialização de cigarros e jogos de azar. A polícia informa que o homicídio foi motivado por uma disputa na contravenção. Marquinho Catiri, que comandava a milícia atuando nas comunidades de Del Castilho e Inhaúma, estava ligado a um contraventor rival de Adilsinho.

Adilsinho, proprietário de uma distribuidora de cigarros e charutos, foi apontado como líder de um grupo que monopolizava a venda de cigarros na Região Metropolitana, obtendo um lucro de mais de R$ 9 milhões entre setembro de 2019 e fevereiro de 2020. O bando obrigava pequenos comerciantes a venderem cigarros de marca C-One, da Companhia Sulamericana de Tabacos, sediada em Duque de Caxias.

Recentemente, Adilsinho chamou atenção ao realizar uma festa de aniversário para 500 convidados no Copacabana Palace, mesmo com o cenário pandêmico em que o Brasil ultrapassava a marca de 432 mil mortos pela Covid-19. A entrada dos convidados foi feita pela porta dos fundos, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, e todos recebiam máscaras na portaria.

Na última atualização, Adilsinho e o policial militar Rafael do Nascimento Dutra, conhecido como Sem Alma, não haviam sido localizados. Sem Alma é um dos três acusados de envolvimento na morte de Marquinho Catiri, juntamente com José Ricardo Gomes Simões e George Garcia de Souza Alcovias, que já foram presos.

Marquinho Catiri

Marquinho Catiri era líder de um grupo paramilitar que atuava nas Zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro. Sua milícia controlava diversas comunidades, incluindo Padre Miguel, Del Castilho, Engenho de Dentro, Águia de Ouro, Guarda, Fernão Cardim e Belém-Belém. A favela do Catiri, em Bangu, era o principal reduto do grupo. Segundo investigações, ele era braço direito do contraventor Bernardo Bello.

A morte de Marquinho Catiri ocorreu em 19 de novembro de 2022, quando ele foi emboscado por seis homens ao sair de uma casa na comunidade da Guarda. Ele foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Investigações revelaram que os criminosos utilizaram um imóvel próximo à academia de musculação de Catiri como base para o ataque, vigiando-o inclusive com o auxílio de um drone.

O trabalho da Polícia Civil segue em busca de capturar os envolvidos no assassinato dos dois milicianos, além de desmantelar todo o esquema criminoso relacionado à comercialização de cigarros e jogos de azar. A operação desta terça-feira é mais um passo nessa direção, mostrando o comprometimento das autoridades em promover a justiça e combater o crime organizado no Rio de Janeiro.

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