Opas alerta para possível temporada precoce ou intensa de influenza

Opas alerta para possível temporada precoce ou intensa de influenza | Paulo Pinto/Agência Brasil
A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) emitiu alerta nesta quinta-feira (11) para que os países das Américas se preparem para a possibilidade de uma temporada de influenza 2026 antecipada ou mais intensa. O comunicado segue a nota da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o subclado K do Influenza A (H3N2), relacionado ao aumento de casos no Hemisfério Norte durante o inverno.
A Opas recomenda atenção especial à evolução do vírus, manutenção de elevada cobertura vacinal, tratamento rápido dos casos e organização dos serviços de saúde para lidar com eventual sobrecarga.
“É fundamental que a população, especialmente idosos e pessoas com fatores de risco, seja vacinada, para proteção individual e para reduzir a pressão sobre os serviços hospitalares”, alerta a organização.
Preparação e medidas recomendadas
Segundo o órgão, os Estados-Membros devem:
Ajustar planos de preparação e organização dos serviços de saúde;
Reforçar a vigilância da influenza, vírus sincicial respiratório (VSR) e SARS-CoV-2;
Implementar medidas de prevenção e controle de infecções respiratórias;
Garantir diagnóstico precoce e manejo clínico adequado, especialmente para grupos de alto risco;
Assegurar vacinação em grupos prioritários;
Disponibilizar antivirais e equipamentos de proteção individual;
Comunicar os riscos de forma clara à população e profissionais de saúde.
Vacinação é essencial
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, alerta que vírus com menor circulação no país tendem a gerar temporadas mais agressivas, pois a imunidade natural da população é menor.
“Recomendamos que os grupos vulneráveis sejam vacinados: crianças, idosos, gestantes, imunocomprometidos e portadores de doenças crônicas, que representam três quartos dos óbitos por influenza no Brasil”, destaca.
Kfouri lembra que a temporada de influenza no Hemisfério Norte já começou, o que pode antecipar o comportamento do vírus no Hemisfério Sul em 2026.
“Começou mais cedo lá e em alguns países está chamando a atenção, mas o final da temporada é que vai nos revelar a intensidade real da circulação”, explica.



























