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Rio proíbe fabricação e venda de armas de gel após sanção da Prefeitura

Rio proíbe fabricação e venda de armas de gel após sanção da Prefeitura | Reprodução

A proibição das armas de gel no Rio de Janeiro foi sancionada pela Prefeitura e publicada nesta terça-feira (14) no Diário Oficial do Município. A nova lei veta a fabricação e a comercialização das chamadas “blasters de gel”, ampliando a norma que já proibia brinquedos idênticos ou similares a armas de fogo reais.

A iniciativa foi aprovada em primeira discussão na Câmara Municipal e segue tendência de outras cidades brasileiras que já adotaram a medida, como Paulista, Caruaru, Olinda e Limoeiro, todas em Pernambuco.

O vereador Carlo Caiado (PSD), autor do projeto e presidente da Casa, afirmou que o objetivo é coibir o uso dessas réplicas em crimes e evitar acidentes.

“É preciso impedir que essas cópias, que não são brinquedos, continuem sendo usadas para simular armas de verdade em assaltos. Em junho, a Receita Federal apreendeu mais de 4 mil armas de gel numa transportadora em Del Castilho. Elas podem até cegar uma pessoa. Nosso objetivo é acabar com o uso criminoso e evitar ferimentos sérios por uma brincadeira inconsequente”, declarou Caiado.

No início de outubro, o governador Cláudio Castro já havia sancionado uma lei estadual com o mesmo teor, proibindo a comercialização das armas de gel em todo o Rio de Janeiro.

As “blasters de gel”, popularizadas entre jovens desde 2024, são vendidas como brinquedos ou réplicas esportivas, mas o uso recreativo vem gerando preocupação.

Em dezembro do ano passado, cerca de 50 jovens protagonizaram uma “guerra” com armas de gel em Vista Alegre, na Zona Norte. As cenas de disparos e correria foram registradas por moradores e viralizaram nas redes sociais.

Além de acidentes, os equipamentos têm sido usados para simular armas em assaltos. Muitos modelos imitam fuzis de uso restrito, como o AK-47, o que aumenta o risco de confusão com armamentos verdadeiros em abordagens policiais.

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