Alta da Selic trava crédito imobiliário e afeta milhares de famílias
A alta da Selic trava o crédito imobiliário e ameaça o acesso da população à casa própria, segundo o presidente da Abrainc, Luiz França. Ele alertou que o custo do financiamento aumentou e que milhares de famílias já foram excluídas do sistema de crédito.
Durante o evento Incorpora 2025, realizado em São Paulo, França destacou que a cada 1% de alta na Selic, 166 mil famílias perdem a chance de financiar um imóvel. Para ele, o Banco Central precisa reduzir os juros com urgência para evitar o colapso do setor.
O dirigente defende que a estabilidade econômica e o equilíbrio fiscal são essenciais para sustentar juros baixos no longo prazo.
“Precisamos racionalizar as contas públicas e aprovar uma reforma administrativa que modernize o Estado”, afirmou.
O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica em 15%, alegando incertezas externas e desaceleração da economia. A decisão gerou críticas imediatas de entidades como CNI e CUT, que classificaram os juros atuais como um freio ao crescimento.
A CNI afirmou que “não há inovação nem reindustrialização com juros estratosféricos”, enquanto a CUT reforçou que “crédito a juros justos é o caminho para estimular o consumo e controlar a inflação”.
O setor imobiliário vê com preocupação o impasse e pressiona por medidas concretas para reabrir o acesso ao crédito habitacional e destravar novos investimentos.
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