Kaio Jorge abriu o placar logo no início do jogo para o Cruzeiro, mas o Mirassol chegou ao empate com Negueba, mantendo o time paulista invicto em casa no Brasileirão | Rapha Marques
O Estádio José Maria de Campos Maia, o Maião, foi palco de mais uma noite de emoção intensa no Brasileirão. O Mirassol, que começou atrás no marcador, mostrou resiliência, dominou o segundo tempo e arrancou um empate por 1 a 1 com o Cruzeiro, na 20ª rodada, mantendo sua invencibilidade em casa e recolocando-se no G6 da competição.
O jogo começou de maneira inesperada para a torcida local. Aos quatro minutos, Kaio Jorge recebeu passe preciso de Matheus Pereira, dominou livre dentro da área e, com calma cirúrgica, bateu cruzado para abrir o placar para o Cruzeiro. A Raposa parecia confortável, apoiada na dupla “arco e flecha” formada pelo centroavante e o meia. No entanto, o restante do primeiro tempo seria marcado pela pressão intensa do time do interior, ainda sem conseguir a finalização certeira.
O Mirassol mostrou aprendizado, pois a marcação sobre Kaio Jorge e Matheus Pereira se intensificou deixando a dupla mineira sem espaço. Assim sendo, eles tiveram dificuldades para articular jogadas.
Mesmo aos poucos, os ataques da equipe paulista se tornaram perigosos, sobretudo com lances que quase viraram gol. Edson Carioca teve chance clara na primeira etapa, cabeceando sozinho para fora, após cruzamento de Danielzinho. Por outro lado, Chico da Costa acertou chute colocado perto do ângulo, levando suspense para a torcida visitante.
A estrela de Negueba ilumina o Maião
Desse modo, a equipe paulista ia abrindo caminho para que a estrela do banco brilhasse. Aos 19 minutos do segundo tempo, Rafael Guanaes promoveu a entrada de Negueba no lugar de Carlos Eduardo, muito criticado pela torcida.
Como resultado, logo veio a recompensa. Após receber passe de Danielzinho, Negueba encarou a marcação, carregou a bola até a direita da área e finalizou com categoria, acertando o ângulo de Cássio e anotando um golaço que incendiou o estádio.
Naquele instante, o Leão não só empatava, mas garantia a invencibilidade em casa na Série A.
O Mirassol não diminuiu a intensidade porque pouco depois do empate, um escanteio quase resultou em virada. Jemmes subiu mais alto que a defesa do Cruzeiro, mas a bola passou rente à trave esquerda de Cássio.
Logo em seguida, Alesson cruzou da direita para Matheus Bianqui, que testou no contrapé do goleiro mineiro — a bola beijou a trave, mantendo o empate.
Lances de tensão e polêmica
O jogo teve momentos de discussão acirrada. Um pênalti a favor do Cruzeiro deixou de ser marcado pela arbitragem. José Aldo tocou a bola com o braço dentro da área, o que gerou justos protestos da equipe mineira. Entretanto, o árbitro Bruno Arleu de Araújo e o VAR decidiram pela continuidade do jogo.
O ataque do Cruzeiro manteve o poder ofensivo, em chutes de Wanderson e na tentativa de toque de letra de Carlos Eduardo. Porém, o goleiro do Mirassol salvou os paulistas nos dois lances.
Impacto na tabela
O empate trouxe consequências distintas para cada lado. O Cruzeiro, com 38 pontos, caiu para a terceira posição, superado pelo Palmeiras, que chegou a 39 após vitória sobre o Botafogo. Vale destacar que a arbitragem também prejudicou o Botafogo deixando de marcar um pênalti a favor da equipe,
O Mirassol voltou ao G6, na sexta posição, alcançando 29 pontos, empatado com o São Paulo, mas à frente no saldo de gols (10 a 2).
O próximo desafio
O Cruzeiro terá o desafio de se recuperar no próximo sábado, às 18h30, recebendo o Internacional no Mineirão. O Mirassol visita o Fortaleza no domingo, também às 18h30.
FICHA TÉCNICA: MIRASSOL 1 x 1 CRUZEIRO
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Data e horário: 18 de agosto de 2025, 20h (de Brasília)
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Local: Estádio José Maria de Campos Maia, Mirassol (SP)
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Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (RJ) | Assistentes: Luiz Cláudio Regazone (RJ) e Thiago Rosa de Oliveira Espósito (RJ) | VAR: Carlos Eduardo Nunes Braga (RJ)
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Gols: Kaio Jorge (4’/1°T), Negueba (19’/2°T)
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Cartões amarelos: Walace, Wanderson, Kauã Prates, Cássio (CRU); Jemmes, Lucas Ramon, Chico Kim (MIR)
MIRASSOL — Walter; Lucas Ramon, Jemmes, Gabriel Knesowitsch e Reinaldo; Neto Moura (Matheus Bianqui), Danielzinho e José Aldo (Chico Kim); Carlos Eduardo (Negueba), Edson Carioca (Alesson) e Chico da Costa (Cristian) | Técnico — Rafael Guanaes
CRUZEIRO — Cássio; Jonathan, Villalba, Fabrício Bruno e Kauã Prates; Walace (Matheus Henrique), Lucas Silva e Eduardo; Matheus Pereira, Wanderson (Lautaro Díaz) e Kaio Jorge | Técnico — Leonardo Jardim
