Virginia Fonseca assume o posto de rainha de bateria da Grande Rio, substituindo Paolla Oliveira após sete anos à frente da Invocada | Reprodução/Instagram
Por essa, os amantes da folia não esperavam. Uma das maiores influenciadoras do país, Virginia Fonseca, vai estrear como rainha de bateria da Grande Rio. A escolha da escola de Duque de Caxias para o Carnaval 2026 foi revelada pelo portal LeoDias e movimentou o noticiário e as redes sociais.
A função antes pertencia à atriz Paolla Oliveira, que encerrou seu ciclo com sete anos de desfiles marcantes à frente da “Invocada”.
Com mais de 52 milhões de seguidores e campanhas milionárias na internet, Virginia entra na Sapucaí com a missão de representar o coração da escola: a bateria.
Mas a nomeação gerou ruído. Parte da comunidade carnavalesca questiona a falta de ligação da influenciadora com o samba. Outra parcela, no entanto, enxerga na decisão uma estratégia para atrair um novo público à festa.
O último desfile de Paolla Oliveira pela Grande Rio ocorreu no Carnaval 2025. Ela brilhou na Avenida com a fantasia “Lua Encantada”, repleta de LEDs e efeitos visuais.
O momento mais marcante veio da homenagem do mestre de bateria Fabrício Machado:
“Sua bateria te ama”.
A resposta emocionada veio nas redes:
“Vou levar essa história comigo para sempre. Obrigada, Grande Rio. Nunca terei palavras suficientes para agradecer”.
A chegada de Virginia, no entanto, foi recebida com méritos e memes. “Saiu a onça e entrou o tigrinho”, brincou uma internauta, aludindo à antiga fantasia de Paolla e à ligação de Virginia com jogos de aposta online. Outra crítica viralizou:
“Desde quando ela samba? Ela só faz dancinha de TikTok”.
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Em contrapartida, houve também mensagens de apoio:
“Que Deus afaste toda inveja. Parabéns, Virginia!”.
A polêmica vai além do tamborim. Dias antes do anúncio, Virginia prestou depoimento à CPI das Bets, no Senado, por sua relação com empresas de apostas.
A investigação apura o impacto dessas plataformas sobre as famílias brasileiras e possíveis crimes como lavagem de dinheiro. O nome dela aparece como peça-chave por influenciar diretamente jovens e consumidores vulneráveis.
Para especialistas do Carnaval, o episódio reacende o debate sobre ocupação de cargos simbólicos no samba por personalidades com pouco vínculo com a história das escolas.
“Tanta menina que samba de verdade por anos na comunidade…”, desabafou um internauta.
A ironia também deu o tom:
“Zé Felipe vai compor o samba-enredo agora?”.
Virginia Fonseca pode não ter histórico no samba, mas já tem lugar garantido na polêmica do próximo desfile. Resta saber se o público vai cantar com ela ou desafinar na avenida.
