Pesquisa mostra que torcida quer a demissão de Dorival Júnior

Ednaldo Rodrigues marcou para esta sexta-feira uma reunião com Dorival Júnior para mais um aperto de mão – o de adeus – conforme pesquisa que mostra insatisfação da torcida, pedindo a demissão do treinador | Foto: CBF

Uma pesquisa do Instituto Real Time Big Data, encomendada pelo Jornal da Record, expôs o descontentamento da torcida com Dorival Júnior à frente da Seleção Brasileira. O treinador amarga forte rejeição, especialmente após a humilhante derrota por 4×1 para a Argentina, no Estádio Monumental de Nuñes.

O levantamento, realizado em 26 de março de 2025, poucas horas depois do vexame, aponta que 64% dos entrevistados desaprovam seu trabalho. Por outro lado, apenas 23% avaliam sua gestão de forma positiva. Além disso, 62% defendem que ele não deve seguir no comando da equipe.

Com margem de erro de 3 pontos percentuais e confiança de 95%, a pesquisa ouviu 900 brasileiros de todas as regiões do país. Desse modo, o resultado evidencia a impaciência da torcida diante do desempenho preocupante da Seleção.

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Para o jornalista Vicente Datolli, colunista do Folha do Leste, “a humilhante e histórica goleada sofrida para a Argentina pelo placar de 4×1 foi uma das piores atuações que o bando que entrou em campo de camisa amarela teve, pois chamá-los de Brasil seria como jogar no ralo um passado de glórias e conquistas”.

Dorival e Caetano convocados para reunião

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, convocou Dorival Júnior e o diretor Rodrigo Caetano para uma reunião nesta sexta-feira (27). A princípio, a pauta consiste em uma reformulação na Seleção, podendo haver ou não demissão. A dupla retornou da Argentina nesta madrugada após o vexame e já está ciente do encontro.

Presidente da CBF Ednaldo Rodrigues sonha com sim de Carlo Ancelloti antes de anunciar demissão de Dorival Junior | Rafael Ribeiro/CBF

Nos bastidores, a expectativa é de que Ednaldo anuncie a saída do treinador e do diretor. Entretanto, o agendamento da reunião para sexta-feira deixa clara a intenção de Ednaldo de tentar usar essas horas a seu favor para convencer Carlo Ancelloti a assumir o barco, faltando um ano para a Copa do Mundo de 2026.

Desde a goleada em Buenos Aires, o dirigente manteve silêncio, sem indicar qual decisão tomaria, embora a demissão pareça a mais óbvia. Com ou sem alguém para indicar à vaga.