Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, conhecido como BMW, enfrenta mais um revés judicial em meio às acusações que o vinculam ao comando de um grupo criminoso responsável por uma série de homicídios no Rio de Janeiro. A Justiça decretou sua terceira prisão preventiva em decorrência de sua suposta liderança na chamada “Equipe Sombra”, vinculada ao Comando Vermelho (CV) e associada a invasões e assassinatos para expansão territorial.
O último decreto de prisão, datado do dia (20), reforça as suspeitas sobre BMW, que já estava sendo procurado desde 2023 por envolvimento em homicídios.
Segundo informações provenientes do processo que tramita na 3ª Vara Criminal da Capital, BMW é apontado como figura central em tentativas de tomar territórios ocupados por grupos rivais e tem sido associado a confrontos com milícias, cujas atividades têm sido apontadas como uma das principais causas de assassinatos recentes em áreas como as vargens Grande e Pequena, as favelas de Rio das Pedras e Muzema, e a Gardênia Azul, todas localizadas na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Crimes
As investigações também o relacionam diretamente a incidentes de violência, incluindo a morte de um policial militar condenado por chefiar uma milícia, bem como a execução de um vigia, cujo caso ainda está sendo investigado para determinar as motivações por trás do crime.
BMW é suspeito de participação direta em uma série de eventos violentos, incluindo a invasão da Favela da Muzema. Segundo relatos, cerca de 30 indivíduos ligados ao CV entraram na comunidade, quebrando câmeras de vigilância e intimidando os moradores.
Médicos executados
Um dos episódios mais marcantes associados a BMW é a morte de três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca. O fato ocorreu em outubro de 2023. A investigação revelou que os criminosos confundiram um dos profissionais de saúde com um miliciano, resultando na execução errônea. Apesar de não estar presente durante o incidente, BMW não recebeu punição pela facção criminosa, consolidando ainda mais sua posição de liderança dentro do grupo.
Homicídio de PM
BMW também é suspeito de envolvimento na morte do policial militar Anderson Gonçalves de Oliveira, conhecido como Andinho, executado em sua residência, no Anil. O crime, registrado por câmeras de segurança, é atribuído a uma disputa territorial entre facções rivais na região de Jacarepaguá e Itanhangá.
Por fim, outro caso em que BMW está diretamente envolvido se trata da execução de um vigia na comunidade Pombo Sem Asa, em Vargem Grande. O despacho que ordenou sua prisão menciona a existência da “Equipe Sombra”, sobretudo indicando BMW como um dos líderes foragidos da organização criminosa.