Foto: Reprodução – Redes Sociais
Um famoso youtuber libanês, conhecido como Arab, vem gerando controvérsias nas redes sociais após a divulgação de um vídeo onde ele segura armas e entrevista supostos chefes do tráfico de drogas de uma comunidade dominada pelo Terceiro Comando Puro (TCP), no Rio de Janeiro. Em apenas quatro dias, o vídeo já acumula mais de 1,2 milhões de visualizações.
Sobre o Vídeo
No início do vídeo, Arab aparece segurando uma arma que seria do líder do crime da comunidade. Ele afirma ter conquistado a confiança da facção para registrar a rotina do local. Durante a entrevista, o youtuber conversa com um homem de 34 anos que afirma ter iniciado sua vida no crime aos 16 anos. Para não ser reconhecido, o entrevistado mantém o rosto coberto durante toda a conversa.
Em outra rede social, Arab compartilha com orgulho o vídeo e conta sobre sua experiência em visitar a comunidade e conhecer os criminosos. Assim como, para evitar que o conteúdo seja removido da plataforma devido às cenas das armas, ele desfoca as imagens toda vez que elas aparecem. Além disso, Arab disponibiliza o mesmo vídeo, sem censura, em um site criado por ele mesmo, informando aos espectadores que as modificações foram feitas para se adequar às diretrizes do Youtube.
Arab, que se autodenomina também como comediante, já possui mais de 700 vídeos publicados, gravados em diferentes partes do mundo, e conta com uma base de seguidores de 615 mil. No entanto, sua última publicação tem levantado debates sobre ética e responsabilidade dos influenciadores digitais ao lidar com assuntos sensíveis.
Atitude
A atitude do youtuber libanês dividiu opiniões nas redes sociais, bem como com algumas pessoas defendendo sua iniciativa de mostrar a realidade das comunidades cariocas, assim como, outros o criticam por potencialmente romantizar a vida criminosa. A discussão gira em torno do impacto que esse tipo de conteúdo pode ter na sociedade, especialmente entre os mais jovens, que são um público significativo dos vídeos de Arab.
É importante lembrar que a publicação de conteúdo que envolve crimes é uma questão delicada, pois pode banalizar a violência e fortalecer estereótipos prejudiciais. A responsabilidade dos influenciadores digitais na disseminação de informações é fundamental para evitar que sejam glorificadas atividades ilegais.
