São Gonçalo: Vítima de linha chilena sobrevive e desabafa sobre os riscos | Divulgação/Heat
O desabafo é da fisioterapeuta Juliana Jaccoud, 33 anos, após dois dias internada por causa de uma linha chilena. Ela teve o pescoço cortado enquanto andava de moto com o marido, no bairro Fazenda dos Mineiros, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.
“Eu tive sorte, mas quantas pessoas não tiveram? Eu poderia ter morrido. Deus é maior.”
O caso aconteceu no sábado (31). Juliana foi socorrida rapidamente e levada ao Hospital Estadual Alberto Torres. Recebeu alta nesta segunda (2), com curativo no pescoço e ainda em cadeira de rodas.
Apesar da recuperação, a revolta segue:
“As pessoas falam que isso é arte, mas para mim é crime. Você sabe que pode matar e continua usando? Semana passada, vimos um moço decapitado no Rio. Eu tive sorte. Podia ter sido uma veia principal. Não usem, por favor.”
Outro caso no mesmo dia
Ainda na segunda-feira (2), a cabeleireira Selmar Serpa de Souza, 59 anos, também foi vítima da linha de pipa. Voltava para casa, em uma moto de aplicativo, em São Pedro da Aldeia, quando foi atingida.
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Ela foi levada ao Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama, passou por cirurgia e está fora de risco.
Morte recente em Duque de Caxias
No fim de maio, o motociclista Auriel Missael Henriques, 41 anos, morreu ao ser atingido por uma linha chilena na Linha Vermelha, em Duque de Caxias.
Ele pilotava com a esposa na garupa e chegou a ser socorrido por outro motorista. Foi levado ao Hospital de Nova Iguaçu, mas não resistiu.
Linha chilena é proibida por lei
Apesar das campanhas e tragédias, a linha chilena ainda circula. A legislação estadual proíbe a posse, o porte e a venda desse tipo de linha — quatro vezes mais cortante que o cerol.
Além de ferir pessoas, pode romper cabos de energia elétrica. A pena pode chegar a um ano de prisão.
