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Viradouro e Imperatriz devem repetir duelo pelo título; Vila corre por fora

A disputa pelo título do Carnaval 2024 deverá ter como protagonistas as mesmas escolas do ano passado. Viradouro (vice em 2023) e Imperatriz Leopoldinense (campeã do ano passado) despontam como favoritas ao título. Vila Isabel (terceira colocada) corre por fora. A apuração acontecerá na tarde desta quarta-feira (14), na Cidade do Samba.

A Viradouro encerrou o desfile das escolas de samba do Grupo Especial com uma apresentação de campeã. Com o enredo Arroboboi, Dangbé”, assinado pelo carnavalesco Tarcísio Zanon, a vermelho e branco de Niterói fez um desfile impecável e sem erros. Desse modo, a agremiação agora aguarda a confirmação do sucesso da apresentação, com notas 10 em todos os quesitos.

O desfile mostrou a história da manutenção das crenças dos povos da região da Costa da Mina. Segundo o carnavalesco Tarcísio Zanon, eles vivem na perseverança das sacerdotisas voduns. Tratam-se de mulheres escolhidas e iniciadas em ritos de louvor à serpente sagrada, cujas trajetórias místicas se entrelaçam em combates épicos, camuflagens táticas e resiliência vital.

Além da força do canto da comunidade, a Viradouro teve como pontos altos do seu desfile sua comissão de frente, o bom gosto combinado com muito luxo e excelente acabamento das alegorias e fantasias. Igualmente, a bateria do Mestre Ciça deu show se versatilidade rítmica, numa excelente sintonia com o puxador Wander Pires.

Imperatriz forte pelo bi

Responsável por fechar a primeira noite de desfiles, a Imperatriz, campeã de 2023 entrou no Sambódromo para lutar, mesmo, pelo bi – e na noite de domingo, não perdeu para ninguém, não. Ou melhor: o julgamento é pontual, ou seja, de repente, aconteceu alguma coisa diante de uma cabine de julgador que não foi percebida por quem estava distante e… O enredo “Com a sorte virada pra lua, segundo o testamento da cigana Esmeralda” envolveu componentes e público.

Um bi nas mãos

Clareou e o povo sambou na rua após a Imperatriz desfilar com a sorte virada pra Lua – Foto: Folha do Leste

Aliás, alguém poderia perguntar ao pessoal de Ramos o que foi feito “fora da Passarela”. Não custa lembrar que, há uns 30 anos, quando a Viradouro falou sobre ciganos, um carro alegórico pegou fogo. Os caminhos da Imperatriz do Samba, pelo visto, estavam abertos e o sonho do bicampeonato é real. Com muitos elogios, claro, mais uma vez, ao genial carnavalesco Leandro Vieira.

Vila e Portela correm por fora

Quem também agradou foi a Unidos de Vila Isabel, com uma reedição do enredo “Gbala – Viagem ao Templo da Criação”, que originalmente desfilou em 1993. Sob o olhar das religiões de matriz africana, a escola trará à Sapucaí uma história ancestral que ressalta a importância das crianças na construção de um mundo melhor.

Por sua vez, a Portela, vencedora do Estanarte de Ouro de melhor escola, principal premiação extraoficial do Carnaval, também se credenciou a disputar o título. A agremiação de Oswaldo Cruz apresentou o tema “Um Defeito de Cor”, baseado na obra da escritora negra Ana Maria Gonçalves. A escola recriou os caminhos imaginados da história de Luísa Mahin, na perspectiva de seu filho Luís Gama.

Outras escolas também apresentaram desfiles que agradaram analistas e podem surgir como surpresas na disputa pelo título. São elas Beija-Flor, com o enredo “Um delírio de Carnaval na Maceió de Rás Gonguila” e Acadêmicos do Grande Rio, que apresentou o desfile com o tema “Nosso Destino É Ser Onça”.

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