Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelam que, em 2023, a Polícia Militar do Rio de Janeiro recebeu, em média, 240 denúncias diárias de violência contra a mulher pelo número 190. Ao todo, foram contabilizados 87.626 atendimentos ao longo do ano, representando cerca de 10 vítimas a cada hora.
Entre os municípios com maior incidência de ligações relacionadas a esse tipo de violência, destacam-se Japeri, Queimados, Seropédica, Magé e Belford Roxo, todos situados na Baixada Fluminense.
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O ISP apontou crescimento significativo em ocorrências de assédio sexual e descumprimento de medidas protetivas. As denúncias de assédio subiram 44%, enquanto os registros de descumprimento de medidas protetivas apresentaram um salto de 118%.
Entre janeiro e setembro de 2023, o estado do Rio registrou 81 feminicídios. No mesmo período de 2024, o número caiu para 77, representando uma redução de 4,9%. Apesar disso, tentativas de feminicídio cresceram 30,2%, passando de 222 para 289 no mesmo intervalo.
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O governador Cláudio Castro lançou um pacote de ações para intensificar o enfrentamento à violência de gênero. Entre as iniciativas estão ferramentas tecnológicas, como a Sala Lilás Virtual, acessível pelo aplicativo Rede Mulher, e o Protocolo Lilás da Central 190.
A Sala Lilás Virtual oferece suporte humanizado via chat, com atendentes treinados pela Secretaria da Mulher. Já o Protocolo Lilás facilita o acesso ao atendimento emergencial, otimizando a integração com a Central 190 da Polícia Militar.
A Patrulha Maria da Penha, presente nos 92 municípios do estado, reforça o atendimento às vítimas. Desde sua criação, já realizou 325.290 atendimentos, apoiou 83.841 mulheres e prendeu 705 agressores. Suas equipes contam com Salas Lilás, ambientes projetados para acolhimento especializado e seguro.