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Uma vigarista de 42 anos foi presa pela Polícia Civil ao fingir ser uma menina de 12 anos com autismo para enganar suas vítimas, incluindo políticos e pessoas envolvidas em projetos sociais. Identificada como Amanda Maria Sousa Oliveira, a mulher alegava ter sido vítima de bruxaria, cárcere privado, maus-tratos e prostituição infantil.
A prisão ocorreu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, nesta quarta-feira (28). Para justificar seu disfarce, Amanda afirmava que seu pai a havia dado hormônios para aparentar uma idade mais avançada e se envolver em prostituição.
Conforme relatou a delegada Mônica Areal, da Delegacia de Atendimento à Mulher de Nova Iguaçu (Deam), a ex-vereadora Renata Magalhães e a responsável pelo projeto social “Mãos que abençoam com amor”, Viviane Henriques, buscaram ajuda da especializada após auxiliarem a acusada, que também havia denunciado maus-tratos em uma delegacia em São Paulo.
Ao receber a denúncia dos supostos crimes sofridos por Amanda, os agentes entraram em contato com a Polícia Civil paulista e descobriram que a suposta menina era, na verdade, uma mulher que respondia por falsidade ideológica.
A polícia de São Paulo já havia realizado exames que comprovaram que sua estrutura óssea era de um adulto, inclusive apresentando sinais de desgaste ósseo.
Além de São Paulo, ela já tinha passagens por Minas Gerais, Bahia e região Sul do país. Durante as investigações, foi revelado que Amanda inseria diversas agulhas em seu corpo para dar credibilidade ao seu golpe.
Em Nova Iguaçu, a ex-vereadora e sua amiga alugaram e mobiliaram uma casa, compraram alimentos, roupas e até procuraram um psicólogo, tudo em prol da suposta “vítima”.
No dia da prisão, a delegada foi até o apartamento, pois acreditava-se que a menina realmente era autista. Ao entrar, a criminosa tentou fugir, mas foi contida e levada para a delegacia. No local, foram encontrados históricos de pesquisas em seu celular sobre comportamento autista e desenhos de pessoas com depressão, nos quais ela copiava e imitava os sintomas de alguém com autismo.
Amanda foi presa em flagrante pelos crimes de estelionato, falsa identidade e falsidade ideológica. O desfecho dessa trama sórdida revela uma realidade que choca e questiona a nossa sociedade.
