Mulher que transportava 8kg de cocaína em ônibus com destino ao Rio de Janeiro alega inocência após ser presa pela PM da Bahia; Vídeo no final da reportagem | Reprodução

Uma tênue linha entre culpa e inocência de uma mulher de 29 se rompeu neste sábado (19), quando uma equipe policial abordou um ônibus da Viação Águia Branca com destino ao Rio de Janeiro, na cidade de Camacã, no Sul da Bahia. Dentro do bagageiro do veículo, que saiu de Salvador, os agentes encontraram uma caixa contendo cerca de 8kg de cocaína prensada.

Os policiais militares do estado da Bahia interceptaram o veículo para inspecionar as bagagens dos passageiros. Naquele instante, avistaram uma uma caixa suspeita, envolta num saco. Sem hesitar, abriram o volume e descobriram a substância ilícita que, provavelmente, teria como destino as comunidades cariocas dominadas pelo tráfico de drogas.

“Eu sou inocente”

Aparentando a calma de uma freira pagando penitência, Ariane Penha da Silva ocupava a poltrona 18. E, tal qual uma virgem num cabaré, disse desconhecer o teor de sua bagagem, revelando-se espantada ao saber que se tratava de cocaína.

Questionada pelos policiais, Ariane apenas relatou que uma pessoa havia lhe entregue o embrulho com a missão de levá-lo em sua viagem. Ao mesmo tempo, a “noviça do pó” disse não saber para quem iria entregar a encomenda.

Diante das evidências, os policiais prenderam a “noviça do pó” em flagrante, conduzindo-a para a delegacia de Camacã. Agora, ela enfrenta a dura realidade de responder por tráfico de drogas. Todavia, faz-se necessário o prosseguimento das investigações para desmascarar cúmplices, que agem como aliciadores cafetões. Além disso, é fundamental saber de onde veio a mercadoria e para quem ela seria entregue.

Ao passo que a pureza da noviça está em xeque, a do pó não deixa dúvidas. Entretanto, caso a inocência da moça fique provada, podemos crer que São Salvador se trate do remetente e São Sebastião o destinatário. A saga de Ariane, com sua castidade criminal duvidosa, continuará na Justiça, com desdobramentos que ainda estão por vir.

Em resumo, esse caso mostra a importância da constante vigilância nas rodovias, principalmente com o reforço na fiscalização de ônibus. Sabe-se que o comércio de drogas abastece a violência do Rio de Janeiro, apesar de não haver fabricação de drogas no estado. Logo, os entorpecentes que aqui chegam vêm por rotas terrestres, marítimas e aéreas. Portanto, a fiscalização revela-se crucial na luta contra o tráfico e seus complicados emaranhados.