A médica Karina de Assis Carvalho, de 30 anos, afirmou em depoimento prestado na 12ª DP (Copacabana), nesta quarta-feira (6), que Victor foi retirado do imóvel depois de importunar a todos. Segundo Karina, o ator teria entrado em seu quarto sem permissão e a incomodado diversas vezes, além de fazer deboches e provocações.
Ela relatou que, após ser incomodada três vezes, pediu a Yuri que tirasse Victor do cômodo. O estudante de medicina recebeu uma mensagem do amigo, avisando sobre a situação. Ao retornar ao apartamento, Yuri conversou com Victor por chamada de vídeo e constatou que os dois estavam no sofá, ouvindo música e bebendo vinho. Não havia qualquer sinal de alteração no comportamento deles.
Victor teria debochado de Karina, zombando dela por não conhecer a boate onde ele e o amigo se conheceram, e a chamando de “esquisita e chata”. Após essa situação constrangedora, a médica foi para o seu quarto. No entanto, pouco tempo depois, Victor entrou no cômodo sem bater na porta e começou a fazer perguntas intrusivas, como se havia feito algo errado e qual era seu signo.
Ao chegar em casa, Yuri presenciou a situação e decidiu intervir. Ele retirou Victor do apartamento e disse que ele não poderia tratar sua amiga daquela maneira. No entanto, a discussão entre os três continuou no corredor do prédio. Karina testemunhou Yuri colocando Victor no elevador e gritando para ele ir embora. Ainda assim, o ator se recusava a sair, forçando a porta do elevador.
A polícia investiga o caso e aguarda o depoimento de Victor nesta sexta-feira (8), às 14h. Vale ressaltar que Victor Meyniel é conhecido por seu trabalho como humorista e influenciador nas redes sociais, além de atuar no teatro e no cinema. No entanto, o incidente recente prejudicou sua imagem, gerando polêmica e questionamentos sobre seu comportamento.
Entenda o caso
No entanto, no dia seguinte, ao se despedirem na portaria, a sexualidade de Yuri foi revelada ao porteiro do prédio. A defesa do estudante apresentou uma certidão de casamento homoafetivo durante a audiência de custódia na segunda-feira (4), na tentativa de evitar a manutenção da prisão. No entanto, a Justiça decidiu converter a prisão em preventiva devido à gravidade da violência cometida por Yuri. Além disso, ressaltou-se que o fato dele já ter sido casado com outro homem não o isenta de responder por injúria por homofobia, além da lesão corporal.
Ao prestar depoimento, o síndico do prédio defendeu Gilmar, alegando que ele é uma pessoa simples, tem medo das coisas, é diabético e ainda cuida do seu irmão, que está internado. Marcos de Carvalho Abrantes também afirmou que interfonou para a portaria informando sobre a briga e identificando Yuri como o autor das agressões.
[…] Ele afirmou que nunca ameaçou os dois envolvidos e que foi ao quarto de Karina com o intuito de ser amigável. Levou um prato de strogonoff, mas ela não aceitou. Victor negou ter entrado no quarto e encontrado a médica nua. Segundo ele, o depoimento de Karina deturpou o contexto dos fatos. […]