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Foi a terceira derrota seguida do Botafogo no segundo turno do Campeonato Brasileiro – Flamengo na 22ª rodada; Atlético Mineiro, na 23ª; e Corinthians, nesta sexta-feira, pela 24ª. Mesmo assim, o time da Estrela Solitária permanece em primeiro lugar, sete pontos à frente do Palmeiras (51 a 44). Dá para reclamar? O time de Bruno Lage perdeu o rumo ou é a oscilação natural em um campeonato longo como o Brasileiro?
A verdade, pura e simples, é que antes de ser chamado de cavalo paraguaio, como alguns rivais já começam a fazer, deve-se admitir: o alvinegro carioca demonstra sorte de campeão. Se não, como explicar os tropeços de Palmeiras e Grêmio, seus principais perseguidores, que poderiam ter reduzido substancialmente a diferença caso conseguissem “fazer a sua parte”? Parece que, realmente, a sorte dos vitoriosos colou no Botafogo.
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A distância é grande, nove e dez pontos, respectivamente, mas hoje se poderia dizer que os principais adversários do Botafogo seriam Red Bull Bragantino e Fluminense. Não se estranhe, não. O time do interior paulista vem crescendo; o carioca, idem. Só que o Bragantino sofre com a falta de camisa – e o tricolor está com suas atenções voltadas para as semifinais da Libertadores, onde enfrentará o Internacional, na quarta-feira.
Repito, mais uma vez: sorte de campeão? Talvez, mas não se pode negar a competência do treinador português Luiz Castro – pensaram que eu fosse falar de Bruno Lage, não é mesmo? Ao contrário do seu sucessor, Castro “soube sofrer” quando tudo estava contra, como no Campeonato Carioca. E ali, no Estadual, não contou com a sorte que acompanha a equipe agora. Quando perdia, via seus rivais vencerem – e caía na classificação.
O Botafogo ainda não é o campeão brasileiro. Também não é um cavalo paraguaio, apesar de os últimos resultados denunciarem uma visível queda de ritmo. Poderia avaliar que, agora, o Botafogo está no ritmo dos rivais, ganhando, perdendo, empatando… Exatamente como acontece com qualquer equipe neste Brasileiro. Só que a gordura acumulada no primeiro turno permite que o sangue alvinegro continue fervendo pelo título nacional.
