Estado do Rio de Janeiro

Vereador de Rio das Ostras é preso pelo MPRJ e escândalo abala a política local

Vereador de Rio das Ostras é preso pelo MPRJ e escândalo abala a política local

Foto: Reprodução

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prendeu o vereador Vanderlan Moraes da Hora, conhecido como Derlan da Hora (PV), e afastou Leônidas Heringer Fernandes do cargo de secretário municipal de Saúde de Armação dos Búzios. A operação Maculados também cumpriu mandados de busca e apreensão em diversos municípios, incluindo Niterói e São Pedro da Aldeia, além de Rio das Ostras.

Durante as buscas na casa de Leônidas, localizada em São Pedro da Aldeia, foram apreendidos relógios e notas de real e euro. A investigação revelou que o vereador cometeu corrupção ativa ao oferecer cargos em comissão e percentual das notas fiscais emitidas a um servidor público responsável por realizar licitações na área da saúde durante a pandemia de covid-19. Houve também direcionamento de licitação, que contou com a participação de Leônidas, que na época era coordenador do Fundo Municipal de Saúde de Rio das Ostras, e dos sócios da empresa HJR Farma LTDA EPP.

O momento em que Derlan da Hora fez a proposta foi gravado pelo servidor e chegou ao conhecimento do Ministério Público, que conduziu investigações e análises documentais para comprovar o direcionamento da licitação. Segundo o órgão, o município de Rio das Ostras realizou pagamentos no valor total de R$934.292,67 em 2021 em decorrência do procedimento licitatório viciado. Entre 2017 e 2022, foram pagos mais de R$4 milhões à empresa HJR Farma LTDA EPP.

A ação foi realizada por diversas promotorias da região, com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MPRJ. O afastamento do secretário de Saúde foi determinado pelo Juízo Criminal de Rio das Ostras. A prefeitura de Búzios informou que Leônidas pediu exoneração do cargo para cumprir a decisão judicial e exercer seu direito de defesa, ressaltando seu compromisso com a transparência e legalidade. Já a Câmara de Rio das Ostras comunicou que a busca e apreensão se limitaram ao gabinete do vereador, enfatizando que o procedimento investigatório é uma ação isolada e não tem relação com a casa legislativa, a mesa diretora e os demais vereadores.

 

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