
Foto: Frederico Parra – AFP
Enquanto a Venezuela se prepara para o referendo sobre a redefinição da fronteira com a Guiana, aumentam as especulações sobre o risco de um conflito armado entre os países. Especialistas têm opiniões divergentes sobre o assunto e analisam a crise na América do Sul.
O professor de Relações Internacionais da Uerj, Williams Gonçalves, acredita que existe a possibilidade de guerra e que ela pode envolver grandes potências estrangeiras. Ele destaca a importância do petróleo encontrado na Guiana como um fator que pode levar à internacionalização do conflito.
Por outro lado, a professora de geopolítica da ESG, Mariana Kalil, acredita que a postura atual da Venezuela tem como objetivo atrair apoio popular ao governo e salvar o regime bolivariano. Ela considera muito improvável que ocorra uma ofensiva militar e acredita que a comunidade internacional se mobilizará para evitar o conflito.
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Mudanças políticas e econômicas na Guiana também contribuíram para o aumento das tensões com a Venezuela. O governo venezuelano desconfia do vizinho e alimenta um discurso de interferência dos Estados Unidos na América Latina.
Diante desse cenário, o Brasil tem um papel fundamental para evitar a crise e uma guerra na região. Tanto Mariana Kalil quanto William Gonçalves destacam a importância do Brasil como mediador de conflitos na Venezuela. Ambos acreditam que o país pode ajudar a encontrar soluções e garantir a paz na região.
O Ministério da Defesa brasileiro informou que tem acompanhado a situação e aumentou a presença militar na região da fronteira. O Ministério das Relações Exteriores defende que Venezuela e Guiana busquem uma solução pacífica para a controvérsia.