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“Vendo tudo por motivo de mudança”: O novo golpe do Pix

 

"Vendo tudo por motivo de mudança": O novo golpe do Pix

Anúncios como este podem ser a porta de entrada para o golpe

“Vendo tudo. Motivo: mudança”. Muitos já se depararam com anúncios do tipo, nas redes sociais. Pessoas anunciam móveis e eletrodomésticos a preços baixíssimos, sob pretexto de uma suposta mudança. Cuidado: muitas vezes, é golpe.

"Vendo tudo por motivo de mudança": O novo golpe do Pix

Dr. Samuel Leandro, Especialista em direito civil e criminal. – Foto: Arquivo Pessoal

Especialistas alertam que os anunciantes costumam pedir um adiantamento de parte do valor, via Pix, como forma de garantir a venda. Contudo, após o depósito, os golpistas não entregam o produto prometido e desaparecem com o dinheiro.

"Vendo tudo por motivo de mudança": O novo golpe do Pix

Erivelton lopes, especialista em segurança da UFF – Foto – Arquivo Pessoal

O especialista em Segurança Pública Erivelton Lopes, da Universidade Federal Fluminense (UFF), alerta que a primeira coisa que o consumidor deve fazer é desconfiar de ofertas com valores abaixo do mercado.

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“Os golpistas estão sempre inovando suas artimanhas criminosas, eles solicitam os dados do cliente pelo WhatsApp dizendo que é apenas para confirmação. Nunca informe dados pessoais pelo aplicativo. É importante que a pessoa ative a verificação em duas etapas do WhatsApp, isso traz mais segurança para o usuário e dificulta o golpe”, orientou.

Ainda de acordo com Erivelton, outra medida importante para prevenir a negociação com perfis falsos, é observar o selo de verificação, disponível na página do site de negócios.

Não ter vergonha de denunciar

Muitas vítimas, temendo a reação de familiares e amigos, acabam não denunciando o golpe. O advogado criminalista Samuel Leandro reforçou que é fundamental comunicar a ocorrência ao banco e à polícia.

“A primeira coisa é comunicar ao banco ou à financeira de seu cartão de crédito. Registre a ocorrência policial, que pode ser feita online, pois este documento vai embasar a sua restituição junto à financeira do cartão. Muitas pessoas deixam de realizar tais procedimentos ou mesmo preferem até se silenciarem, em virtude de serem taxadas de inocentes, por terem acreditado em contos.”, orientou.

Leandro ainda reforçou que o Pix é uma ferramenta recente, portanto, ainda fazem-se necessários aprimoramentos na segurança dos procedimentos.

“É um crime de estelionato, só que existe por trás uma configuração muito mais profunda. Existem meios de se abrir uma conta usando o nome e o CPF de outra pessoa. Recebem o dinheiro e depois somem, por isso fica difícil de se identificar o estelionatário. Por isso há uma preocupação maior em regulamentar mais as operações que envolvem o Pix”, acrescentou.

Prevenção

Erivelton Lopes lembrou que várias plataformas de vendas on-line têm aprimorado suas ferramentas de segurança a fim de evitar a ação de criminosos. O especialista recomenda, por fim, que os consumidores utilizem esses dispositivos.

“Algumas plataformas de negócios já criaram dispositivos de segurança para evitar esses tipos de fraudes. Com esses dispositivos, como a carteira digital, é possível negociar diretamente com a própria plataforma, evitando o golpe, eliminando a dependência de Pix para terceiros, onde o valor transferido fica retido até que o cliente receba a mercadoria anunciada”, finalizou.

 

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