Governo do Rio estuda venda dos naming rights do Maracanã

Governo do Rio estuda venda dos naming rights do Maracanã | Rafael Ribeiro/CBF
A venda dos naming rights do Maracanã voltou à pauta do Governo do Estado do Rio de Janeiro. A Casa Civil recebeu autorização para estudar a proposta, que pode render até R$ 40 milhões por ano aos clubes administradores, Flamengo e Fluminense.
Negócio de alto potencial para os clubes
O projeto é visto como uma forma de alavancar as receitas do estádio mais simbólico do país. A concessão atual, assinada em setembro de 2024, garante ao Flamengo 65% da gestão e ao Fluminense 35%.
A proposta mira ampliar o retorno financeiro do complexo e modernizar a operação, sem afetar o patrimônio cultural.
Experiências bem-sucedidas em outros estádios
A prática de venda de naming rights é comum no exterior e vem crescendo no Brasil. Em São Paulo, exemplos de sucesso incluem a Neo Química Arena, do Corinthians, o Allianz Parque, do Palmeiras, e o MorumBis, do São Paulo. O Maracanã, por ser tombado e pertencer ao governo estadual, depende de aprovação técnica e jurídica.
O que é Naming rights
Naming rights é um acordo de patrocínio onde uma empresa paga para ter seu nome associado a um local (como estádios, arenas, ou estações de metrô) ou evento.
Na prática, isso geralmente envolve a adição do nome da empresa ao nome original do espaço, como em “Allianz Parque” (antigo Palestra Itália/Parque Antarctica) ou “Neo Química Arena” (antiga Arena Corinthians), ou a substituição completa do nome, gerando receita para o local e visibilidade para a marca.
Patrimônio sob análise do Iphan
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reforçou que qualquer alteração no nome do estádio deve ser previamente submetida à análise.
Embora o edital de concessão não proíba a mudança, também não especifica autorização direta. Por isso, a decisão exige parecer jurídico e técnico detalhado.
Divergências dentro do governo
Apesar do otimismo de clubes e investidores, o governador Cláudio Castro se mantém cético quanto à viabilidade da venda. Integrantes do governo defendem uma alternativa: vender apenas os direitos de nome dos setores do estádio, preservando a marca principal “Maracanã”.
A expectativa é que o governo publique uma resolução sobre o tema até o fim de outubro, definindo as diretrizes para a negociação.
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