Vasco sofre goleada humilhante para o Atlético-MG e termina brasileirão fora da Sul-americana: 5 a 0

Vasco sofre goleada humilhante para o Atlético-MG e termina brasileirão fora da Sul-americana: 5 a 0 | Pedro Souza/Atlético-MG
Por André Freitas, de BELO HORIZONTE, às 19h — O Vasco viveu uma tarde humilhante e dolorosa, na Arena MRV, daquelas que entram para o acervo das derrotas que deixam marcas, diante do Atlético-MG, no último jogo do Brasileirão, com uma derrota por 5 a 0. Apesar de se tratar de uma equipe reserva, o resultado expôs um time cruzmaltino desorganizado, sem reação e dominado do início ao fim. O resultado custou caro porque deixou a equipe fora da zona de classificação para a Copa Sulamericana, fechando o Brasileirão em 14º lugar, com 45 pontos.
Essa situação, no entanto, pode não afetar o clube, que tem chance de conquistar uma vaga na fase de grupos da Copa Libertadores da América. Todavia, para que isso aconteça, precisa vencer a Copa do Brasil. Por outro lado, se o Corinthians for o Campeão da Copa do Brasil, o Vasco se classifica para a Sul-americana.
Domínio mineiro desde o primeiro toque na bola
O Atlético-MG entrou em campo com postura clara: pressionar desde o início, assim como ocupar o campo ofensivo e ditar o ritmo. A estratégia funcionou com precisão. O Galo controlou o meio-campo, recuperou posse rapidamente e transformou cada aproximação em ameaça. O Vasco, ao contrário disso, sofreu para conectar passes, perdeu divididas importantes e mostrou vulnerabilidade em todas as zonas do campo.
A velocidade dos mineiros pelos lados abriu espaços repetidos. A defesa vascaína recuava sem coordenar coberturas, ao passo que, a cada avanço, o risco aumentava. O Atlético atuou com amplitude, transição rápida e finalização constante, enquanto o Vasco apostava em bolas longas que raramente encontravam destino.
Primeiro gol como consequência natural do jogo
A pressão mineira gerou o gol inicial, e a maneira como saiu deixou claro o tamanho do problema vascaíno. O Atlético trocou passes em velocidade, encontrou o corredor livre e finalizou com precisão. A partir dali, o Vasco tentou responder, mas o time não tinha organização para construir algo consistente.
O Galo seguiu firme, manteve intensidade e ampliou com naturalidade. O segundo gol veio após novo erro de marcação. O terceiro coroou o domínio absoluto. O Vasco parecia sempre atrasado: na recomposição, no bote, no tempo de bola. O Atlético flutuava com liberdade e ocupava a área com facilidade.
Atlético cresce, Vasco desaba
A partir do 3 a 0, o jogo virou controle total mineiro. O Vasco não conseguia empurrar o adversário para trás, não encaixava pressão e tampouco encontrava saída pelos lados. O meio-campo cruzmaltino estava desconectado, e as distâncias entre setores criavam um vazio que o Atlético aproveitou de todas as formas.
O Galo seguiu com amplitude, acionando jogadores abertos e infiltrando com precisão. A defesa vascaína se comprimiu dentro da área e perdeu completamente a capacidade de disputar o jogo. Os mineiros ampliaram para 4 a 0 em jogada construída com calma, sem resistência real. O quinto gol apenas selou a atuação dominante.
Goleada com assinatura de organização, controle e intensidade
O Atlético-MG mostrou repertório ofensivo amplo, com mobilidade, posicionamento inteligente e troca de passes que desmontou o sistema adversário. O time mineiro alternava ritmos: acelerava quando encontrava espaço, valorizava a posse quando precisava respirar e recuperava rapidamente a bola sempre que perdia.
O Vasco, em contraste, viveu um colapso tático. A equipe parecia sem mecanismos defensivos e emocionalmente abatida. A goleada não foi casual: foi reflexo de falhas acumuladas e desvios estruturais que surgem há semanas.
Pressão aumenta em São Januário
O resultado coloca o Vasco em situação pesada na reta final. A derrota por 5 a 0 cobra respostas rápidas. A equipe precisa reorganizar o sistema defensivo, ajustar posicionamento e recuperar a confiança dos jogadores. Sobretudo, por conta do desafio que vale vaga na decisão da Copa do Brasil, na próxima quinta-feira (11), contra o Fluminense. Há desgaste emocional, instabilidade na tomada de decisão e uma distância evidente entre setores.



























