
Vasco tenta viabilizar obra com venda de potencial construtivo de São Januário | Divulgação/Vasco
O Vasco negocia a venda do potencial construtivo de São Januário para dar o pontapé na esperada reforma do estádio. A diretoria já assinou duas opções de compra que somam 100% da área possível de transferência.
As propostas envolvem 85% e 15% do total. A cada metro quadrado, o clube deve arrecadar cerca de R$ 2 mil. No total, o negócio pode render mais de R$ 500 milhões — exatamente o valor almejado para custear o projeto.
A remodelação foi idealizada ainda na gestão de Alexandre Campello, com projeto da WTorre e do arquiteto Sérgio Dias. A ideia inicial prevê capacidade para 47.383 torcedores, sendo 32.743 deles em pé na arquibancada. Mas a diretoria já admite variar entre 43 mil e 57 mil lugares.
Além das arquibancadas, o novo São Januário contará com um ginásio poliesportivo e duas torres integradas à histórica fachada da sede.
Reforma exige contrapartida para o entorno
Por lei, o Vasco terá de investir 6% do que arrecadar com o potencial construtivo em melhorias para o bairro. Em fevereiro, o clube entregou à Prefeitura do Rio um plano preliminar com propostas urbanísticas para o entorno.
A reformulação será debatida em conjunto com técnicos da gestão municipal, que acompanharão o planejamento.
Entenda o que é o potencial construtivo
O potencial construtivo representa o quanto pode ser construído em determinado terreno, dentro dos limites definidos por lei urbana. São Januário está numa zona com alto potencial, mas hoje subutiliza essa capacidade.
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A proposta do Vasco é transferir esse “excedente” para regiões como a Barra da Tijuca e a Avenida Brasil, onde empreendimentos com maior gabarito são permitidos mediante contrapartida.
Segundo o clube, já há interessados nessas transferências. Isso tornaria viável a liberação para obras mais ambiciosas nas regiões citadas, destravando ao mesmo tempo o sonho vascaíno de modernizar sua casa.