Estado do Rio de Janeiro

Vacinação contra a dengue começa no RJ em fevereiro

Vacinação contra a dengue começa no RJ em fevereiro

Foto: Divulgação

Doze municípios do estado do Rio irão iniciar a vacinação contra a dengue em fevereiro. A campanha, organizada pelas Secretarias de Saúde do estado e dos municípios, começará imunizando crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
O esquema vacinal consiste em duas doses com intervalo de três meses. Segundo o Ministério da Saúde, essa faixa etária apresenta o maior número de hospitalizações por dengue no país, com um total de 16,4 mil casos entre janeiro de 2019 e novembro de 2023.

Durante uma coletiva de imprensa sobre as ações de combate à dengue no Rio, o Secretário de Saúde, Castro, afirmou que a vacinação depende do Ministério da Saúde. Segundo ele, tudo está preparado e assim que as vacinas chegarem, elas serão entregues às cidades em até 12 horas, permitindo o início da vacinação no mesmo dia pelo governo.

O Rio é o oitavo estado do país com mais casos prováveis de dengue registrados em 2024. A Secretaria Estadual de Saúde informa que 75% dos casos no Rio são causados pelo vírus tipo 1, o mais antigo na região, de acordo com a Fiocruz. Os outros 25% foram infectados pelo tipo 2 da doença. Até a última terça-feira, o estado já registra 9,9 mil notificações da doença neste ano, representando um aumento de 585% em relação ao mesmo período de 2023.

O Panorama da Dengue, divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, aponta que o Rio de Janeiro está com uma “forte tendência de alta” nos casos de dengue, com números acima da média histórica para janeiro. Segundo o governo, a quantidade de casos já supera a esperada para março e abril, quando geralmente ocorre o pico da doença. Até o momento, o estado teve 355 internações e 9 pacientes em estado grave. Há também 15 óbitos em investigação.

O Centro de Inteligência em Saúde (CIS) identificou um aumento de casos de dengue no estado desde novembro. Somente nas primeiras três semanas de 2024, foram registrados 10 mil casos, um número quase 600% maior em comparação ao mesmo período do ano anterior. Diante dessa preocupação, foi apresentado o Plano Estadual de Combate à Dengue, que inclui a montagem de 80 salas de hidratação e a conversão de 160 leitos de hospitais para tratamento da doença. Além disso, 2 mil médicos e profissionais de saúde estão sendo capacitados para atender aos casos de dengue nos municípios do Rio.

O mosquito Aedes aegypti, conhecido como mosquito da dengue, se prolifera durante o verão, época de calor e chuvas frequentes, criando condições favoráveis para seu desenvolvimento. Segundo o Informe Semanal das Arboviroses Urbanas do Ministério da Saúde, nas primeiras três semanas de 2024, foram registrados 120.874 casos prováveis e 12 óbitos causados pela doença no Brasil.

Aumento de casos na rede privada

Também na rede privada, há um aumento no número de casos de dengue. Os hospitais da Rede D’Or no estado do Rio de Janeiro registraram um aumento médio de 778% no número de pacientes diagnosticados no mês de janeiro, em comparação com o mesmo período de 2023.
O maior aumento foi registrado no Hospital Rios D’Or, em Jacarepaguá, Zona Oeste da capital, que atendeu 2.300% a mais de pacientes com dengue entre o dia 1º e 20 de janeiro deste ano, em comparação com o ano passado.
O Barra D’Or teve um aumento de 1.250% nos casos confirmados, enquanto o Hospital Bangu, também na Zona Oeste, registrou um crescimento de 1.050%. No Hospital Samer, em Resende, houve um aumento de 1040%.
Aumentos também foram observados nos hospitais Norte D’Or (690%) em Cascadura, Zona Norte; Copa D’Or (500%) na Zona Sul; e Oeste D’Or (126%) em Campo Grande, Zona Oeste. As unidades da Rede D’Or no estado – Rio Barra, Perinatal, São Vicente, Jutta e Copa Star – que não tiveram nenhum caso de dengue entre 1º e 20 de janeiro de 2023, registraram casos da doença no mesmo período deste ano, de acordo com a assessoria de imprensa da Rede D’Or.

Preocupações e medidas preventivas

David Uip, diretor nacional de Infectologia da Rede D’Or, demonstrou preocupação com o aumento expressivo nos hospitais da rede nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal.
Ele alerta para a possibilidade da circulação do sorotipo 3 do vírus da dengue em algumas cidades, o que aumenta o número de pessoas suscetíveis à doença. Essa situação não era observada há 15 anos, o que torna real o risco de um crescimento contínuo de casos nos próximos meses.
O médico ressalta a importância de a população ficar atenta aos sintomas da doença, como febre alta repentina, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, prostração, fraqueza e dor atrás dos olhos. Caso apresente esses sintomas, é fundamental buscar atendimento hospitalar especializado.
David também destaca a importância de adotar as medidas recomendadas pelas autoridades de saúde, evitando recipientes com água parada nos domicílios, para evitar que o mosquito Aedes aegypti encontre condições para se reproduzir.

Cidades que vão participar na campanha no RJ:

Rio de Janeiro
Nilópolis
Duque de Caxias
Nova Iguaçu
São João de Meriti
Itaguaí
Magé
Belford Roxo
Mesquita
Seropédica
Japeri
Queimados
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