
Foto: Frederick Florim – AFP
O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, reiterou a necessidade de uma solução baseada em dois Estados para resolver o conflito israelense-palestino. Durante uma reunião em Bruxelas, Borrell afirmou que Israel não poderá alcançar a paz em Gaza apenas com meios militares.
O ministro espanhol, José Manuel Albares, também defendeu a convocação de uma conferência da paz para implementar essa solução. Para isso, seria necessário estabelecer um Estado palestino em Gaza e na Cisjordânia, conectados por um corredor territorial com acesso ao mar e com a capital em Jerusalém Oriental.
A UE realizou encontros separados com o chanceler israelense, Israel Katz, e seu homólogo palestino, Riyad al Maliki. Além disso, convidou representantes da Arábia Saudita, Jordânia, Egito e Liga Árabe para discutir suas visões e possíveis ações após o fim do conflito.
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Embora não se espere uma decisão concreta dessas negociações, a presença simultânea de Katz e Maliki em Bruxelas é vista como simbólica.
A União Europeia expressou preocupação com o alto número de vítimas dos bombardeios israelenses em Gaza, mas ainda não chegou a um consenso sobre a necessidade de um cessar-fogo. Enquanto isso, o clima de tensão também se estende ao Mar Vermelho, onde rebeldes huthis atacaram navios mercantes. A UE discutirá a possibilidade de implantar uma missão naval para proteger as embarcações, envolvendo países como Itália, França, Países Baixos, Alemanha e Bélgica.
Os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram ataques aéreos contra os huthis no Iêmen, mas a decisão sobre a missão da UE será tomada no próximo mês, aguardando definições específicas.