Espanha, Itália, Portugal, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos, França, Argentina, Holanda… Para o amante de futebol que pensava ter sua grade de programação cheia com os campeonatos nacionais dos países já citados (não podemos esquecer que Rússia e Japão também já fizeram parte do cardápio), a partir desta sexta-feira mais uma opção – e quase tão cheia de craques quanto as já citadas.
Com a exibição de Al-Ahli x Al-Hazem, às 15h, no canal BandSports (a TV Bandeirantes, canal aberto, também promete realizar outras transmissões ao longo da temporada), a televisão brasileira passará a oferecer o Campeonato Saudita de futebol para os apaixonados. Um campeonato no qual a primeira divisão tem 18 clubes, com jogos de ida e volta, que se prolongará até maio de 2024.
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E não se pense que a opção de transmitir jogos da Arábia Saudita faz parte de algum projeto de aproximação política com aquele país, não. O que está por trás disso tudo é o investimento de quase US$ 500 milhões (isso mesmo, cerca de R$ 2,5 bilhões) para desenvolver o futebol no país. Investimento que começou em 2022 com a contratação de Cristiano Ronaldo, passou pela boa participação na Copa do Qatar e desagua no objetivo de receber uma Copa do Mundo.
Um projeto oficial
Anunciado, oficialmente, como “Visão 2030”, o projeto do governo saudita visa transformar a vida da população, tornando-a “mais feliz, saudável e realizada”, de acordo com a propaganda oficial. Desde que começaram o projeto, os sauditas viram subir em 50% o número de federações esportivas no país desde 2020, com efetivo aumento da população adulta em atividades físicas.
O Ministério do Esporte local estabeleceu alcançar a meta de 40% da população até 2030. Em 2022, porém, o total já superava os 48%. O povo saudita abraçou a ideia. E foi o futebol quem mais deu sinais de força. Hoje, mais de 80% da população jogam, assistem ou acompanham futebol (incluindo homens, mulheres e crianças). Desse total, nada menos do que 2,6 milhões de pessoas com menos de 30 anos jogam futebol – e não deve parar por aí, não.
Dos mais de 35 milhões de habitantes da Arábia Saudita, cerca de 70% têm menos de 35 anos, o que torna fértil o terreno para a expansão do interesse pelo esporte e atividades físicas. E, numa demonstração da “abertura” do país, a participação de mulheres e meninas no esporte aumentou 149% entre 2015 e 2021. Nas escolas, uma liga feminina lançada ano passado teve mais de 50 mil inscritas só na primeira semana. (V.D.)
