CulturaEntretenimento, Artes e CulturaMúsica

Um show para celebrar Niterói e a cultura no Campo de São Bento

Foto: Divulgação

Que Niterói é uma cidade de forte inspiração cultural todos sabem, com música incluída nesse contexto. E é com a participação de dois dos principais representantes artísticos da cidade que o Campo de São Bento recebe neste sábado, às 19 horas, um show gratuito com os cantores Byafra e Marcos Sabino.

Conterrâneos, contemporâneos e apaixonados por Niterói. Essa a descrição resumida e ao mesmo tempo fidedigna sobre os dois cantores que fizeram muito sucesso nos anos 80. Marcos Sabino tornou-se febre em 1982 com ‘Reluz’. Um ano antes, Byafra conquistou o país com ‘Leão Ferido’ e virou fenômeno em 1984 com ‘Sonho de Ícaro’. E apesar de toda a fama conquistada, nenhum deles saiu de Niterói

Em conversa com a Folha do Leste, Byafra explica que nunca se mudou para o Rio pelo fato de que isso nunca o faria “deixar de ser niteroiense”. E ele explica que residir hoje em Niterói tornou-se algo mais seguro se comparado a quem mora na Zona Sul da capital.

“Nunca quis morar em Ipanema, Copacabana ou Leblon porque a mudança não me faria deixar de ser niteroiense. O que é bacana em que nasceu em Niterói é esse espírito provinciano que a gente tem. E outra, a cidade está muito mais seguro que o Rio. Infelizmente, lá tá tomado pelo crime organizado e milícias. Espero que aqui não se contamine com a violência que tomou conta da capital”. explicou.

Niterói como potência artística

Byafra acrescenta que Niterói tem potencial para ser um polo cultural e artístico no mesmo nível da Broadway. Para isso, defende políticas públicas municipais que invistam nisso.

“Moralmente, considero Niterói como um grande polo cultural e artístico. Mas isso tem que estar nas políticas públicas da cidade. E isso vai gerar empregos na área. Temos muitos músicos, artistas e produtores culturais aqui. Temos uma vocação para isso, só é necessário concretizar essas ações. Tanto que o aniversário de Niterói se comemora no Dia Nacional do Música”, afirma.

Se o assunto é cultura e política, Marcos Sabino tem vivência no assunto. Atual vereador por Niterói, ele foi eleito em 2020, mas não chegou a assumir o cargo de forma imediata por ter tomado posso como presidente da Fundação de Artes de Niterói, cargo que exerceu até 2022, quando retornou à Câmara. Ele explica o sentimento que tem pela cidade.

“Eu nasci e cresci aqui em Niterói. Tudo o que aprendi, e sou agradeço a isso, se deve à generosidade da nossa gente. Minha natureza é a música e a arte, mas a politica é uma oportunidade de retribuir tudo que recebi .Aqui nasceram e cresceram meus filhos, e mesmo tendo muitas oportunidades de morar em outras cidades, é aqui que escolhi viver para sempre! E ainda pude tombar nessa minha passagem como vereador a estátua do Araribóia como patrimônio Imaterial cultural de Niterói no dia em que a cidade completou 450 anos! Viva ‘Nikity’ minha cidade, a mais linda do planeta, sou bairrista, fazer o que?”, conta Sabino aos risos.

Profissionais da cultura elogiam apoio do município

Corroborando a fala de ambos, a Folha do Leste conversou com duas profissionais que atuam diretamente com cultura. Nascida em no interior de São Paulo e moradora desde meados dos anos 90, a jornalista e escritora Cris Pimentel resume o que pensa sobre o aspecto cultural da cidade.

“Niterói passou a ser minha cidade desde 1996, quando deixei São José dos Campos para viver nela. Aqui é um lugar que anda de braços dados com a cultura, com rica programação cultural o ano inteiro, para todos os gostos e bolsos. Não é a toa que me sinto em casa, quando atravesso a ponte!”, explica.

Autora do livro ‘Ana e a Tal Felicidade’, a obra já ganhou os palcos niteroienses mais de uma vez após ser adaptada para o teatro. Cris acrescenta que o diferencial da cidade é o respeito com o qual trata os profissionais do setor, que foram duramente afetados na pandemia.

Cantora, instrumentista, fotógrafa e produtora cultural, Amanda Respício é uma das responsáveis pelo projeto Som na Cidade, vencedor de dois editais do município. Ela relembra as dificuldades que passou durante as restrições impostas pela covid-19.

“Se não fosse todo o suporte que o município deu à classe artística, estaria perdida. Por pouco, muito pouco não quebrei financeiramente. As medidas de apoio aos profissionais da cultura foram decisivas para me ajudar a manter com o mínimo de dignidade. Infelizmente, essa foi uma época que nós éramos tratados como bandidos”, relembra.

A apresentação de Byafra e Marcos Sabino é aberta ao público e faz parte da programação de fim de ano organizado pela prefeitura.

 

 

Você também pode gostar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais em:Cultura