
Foto: Divulgação – UFF
Na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, Medicina e Inteligência Artificial (IA) começaram a caminhar lado a lado.
Na última semana, aconteceu, na instituição, a aula inaugural da primeira turma de Inteligência Artificial aplicada ao curso de graduação em Medicina. A UFF é a primeira universidade no estado do Rio de Janeiro a oferecer IA na graduação para alunos de medicina.
A Inteligência Artificial hoje é um campo do conhecimento que transcende a computação e permeia outras áreas, como a saúde. Cada dia mais é possível observar que a inteligência artificial já é utilizada em quase todas as áreas da medicina.
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Nesse sentido, a disciplina surgiu da necessidade do currículo médico precisa acompanhar a evolução tecnológica que está transformando a medicina e, assim, preparar os futuros médicos para a realidade atual da área.
Ao final do semestre os alunos irão apresentar projetos de uso prático da IA desenhados e desenvolvidos por eles mesmos. O objetivo é dar autonomia e qualificá-los para liderar a transformação tecnológica na saúde.
A disciplina pode ser cursada por estudantes a partir do terceiro período da graduação em medicina.
Aplicações
Todavia, engana-se quem pensa que a aplicabilidade da Inteligência Artificial na medicina é algo para o futuro. Hoje, já existem infinitas possibilidades. Algumas delas se resumem a desenvolver e empregar máquinas para realizarem atividades humanas de maneira autônoma.
Com várias tecnologias, como redes neurais artificiais, algoritmos, sistemas de aprendizado e análise de dados, a IA tem influenciado diversas especialidades da Medicina, garantindo diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficientes.
No campo da Radiologia, a aplicação de IA tem proporcionado diversos avanços, como o reconhecimento de voz, acesso remoto a especialistas, entre outros.
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Na área já foi possível realizar a criação de plataformas com acesso a milhares de imagens clínicas, que permite aos médicos identificar estruturas anatômicas e suas alterações mais delicadas, além do desenvolvimento da tomografia avançada, tecnologia capaz de identificar as mais minuciosas alterações em tecidos e órgãos dos pacientes.
No Hospital São Lucas (HSL) da PUC-RS, no Rio Grande do Sul, por exemplo, o grupo de radiologia realiza estudos com a aplicação da inteligência artificial na prática clínica, especialmente na área de tórax e neurorradiologia.
Mais recentemente, foram realizadas pesquisas de revisão sistemática e metanálise sobre o desempenho diagnóstico da inteligência artificial na detecção de câncer de pulmão e sobre o uso de inteligência artificial para predizer o risco de ventilação mecânica no cenário de covid-19.